segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Papanicolau - UPDATED

Oi, gente!
.
Hoje vou à gineco pela primeira vez depois que eu me curei do vaginismo. Ela tinha me dito que era pra eu esperar uns 6 meses depois de conseguir uma penetração completa para aí sim procurá-la novamente pra que a gente pudesse fazer o preventivo.
.
Como já faz 9 meses que eu sarei, marquei a médica pra poder fazer todos os exames necessários. Acontece que eu tô com um mediiiinhooo do preventivo... será que vai dar tudo certo? Depois conto pra vocês como foi!
.
Bjs
.
Update
.
Genteeeeee. Eu não poderia deixar de vir aqui e contar pra vocês como foi! Mesmo depois de horas enfrentando um trânsito terrível causado por uma chuva de lascar, cá estou eu no computador, cheia de energia pra conversar com vcs!
.
Bom, vou do começo. Cheguei lá no consultório da médica e fiquei pensando que espécie de pessoa que volta a um consultório no qual, da última vez, ficou esperando 5 horas pra ser atendida! Tava me sentindo uma imbecil, idiota, eu deveria ter marcado outro médico, né? E o q? A consulta dela aumentou o preço? Fiz o cheque. Depois fiquei pensando em pegar o cheque de volta e sair fora dali. Depois de um certo tempo de luta interior, percebi que aquilo era só mais um jeito que meu inconsciente tinha encontrado de fugir do medo que eu tava do exame! Bom, resisti e fiquei lá firme!
.
Dormi de esperar, quando de repente:
Atendente: Daniela?
Eu: Zzzzzzzz
Atendente: Daniela...?
Eu: Oi? Hein? Oq?
Atendente: Pode subir!
.
Subi e quando chego lá em cima, quem eu vejo? Uma assistente da médica. Uma daquelas que da última vez me perguntou 100 vezes pq eu não ia fazer o tal do papanicolau (:S). Vamos a conversa:
Assistente: Olá, Daniela, tudo bem?
Eu: Sim.
Assistente: Você já fez o papanicolau esse ano? (essa pergunta de novo?)
Eu: Sim (mentiiiiiraaaa)
Assistente: Alguma queixa?
Eu: Minha menstruação tá maluca (essa é verdade, mas nós sabemos que não foi o que me motivou a ir até lá, né? mas foi a melhor resposta q eu arrumei naquela hora)
Assistente: Deixa eu dar uma olhada na sua ficha pra ver se a Dra. vai querer te examinar.
Eu: ... (ai, não, ela vai ler a minha ficha, ela vai ler a minha ficha)
Assistente: Bom, nem vou pedir pra vc se trocar, deixa a Dra. decidir (ela leu que eu tinha VAGINISMO, certeza, se num leu na ficha, leu na minha testa! rs)
Eu: ...
Assistente: A Dra. já vem, tá? Só mais um minutinho.
Eu: ... (nem conseguia falar nada, ai q vergonhazinha...)
.
Daí, veio a médica e falei pra ela que já tinha resolvido meu problema, que isso foi logo depois da nossa última consulta (em fevereiro) e que eu esperei uns meses conforme ela orientou e que agora eu tava lá pra ver se rolava de fazer o exame. Daí ela perguntou se eu tava tranquila e como eu disse que sim (e o medo? engoli e disfarcei, pra mim mesma), fomos pros trâmites.
.
Daí ela perguntou sobre o meu trabalho, ficamos falando de política, corrupção e inspeção veicular (kkk), tudo pra me distrair. Daí sentei na maca com as pernas bem fechadinhas (rs), ela examinou meus seios e pediu pra eu colocar os pés naqueles negócios e colocar o quadril mais pra frente, mais pra frente, Dani, mais pra frente, Dani, isso. Aí ela falou que ia examinar só por fora, pra eu ficar tranquila, daí ela disse q ia introduzir o espéculo e que eu sentiria um incomodozinho, mandou eu fazer uma forcinha pra baixo, disse um "isso", aí me disse que quando colhesse eu tb sentiria. Senti o espéculo abrir um tantinho, aí deu uma gasturinha na portinha e eu fechei os olhos pra aguentar, daí quando fui pedir a Deus que tudo acabasse logo, tudo já tinha acabado! Ela já tinha colhido! E tudo que eu senti foi a gasturinha na portinha e o medo! Mas dor mesmo, num teve nenhuma, nenhuminha, nenhumazinha!
.
Adivinhem qual foi a primeira coisa que eu falei pra Dra quando tudo acabou? Eu preciso escrever isso no blogggg! As meninas não vão acreditar como isso é fácil e indolor! hahaha
.
Agora ela me deu um pedido pra fazer vulvoscopia com biópsia e uma ultra-som transvaginal. Se eu tô com medo? Claro, né? hahahaha Mas tô com fé que vai dar tudo certo e depois venho aqui contar pra vcs, tá? Tô tão feliz! Parece que esse ano de 2010 vai mesmo ser o fim de todos esses meus "probleminhas"! Que demais! :D
.
Bjs, queridas e obrigada por me acompanhar!
[ ... ]

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

História da Daniela

Oi, gente querida!
.
Desculpem o desaparecimento, tá? É que ontem foi a prova de proficiência de inglês do mestrado e sabem como é, né? Eu fico meio louca e descompensada com isso...
.
Bom, hoje eu vou publicar mais um depoimento de cura (ai que máximo!) e, pra aproveitar o ritmo, vou inaugurar um "contador de curas" (ideia do meu amorzinho) aqui do lado direito do blog, logo abaixo do "quem sou eu". Daí, toda vez que alguém me disser que está curada, eu vou somar mais uma cura no nosso contador, pra vocês terem ideia de quanta gente já passou por esse problema e superou, o que acham?
.
Bom, vamos a história da minha amiga Dani, um caso de vaginismo secundário que, depois de muita luta, se resolveu! Vejam como foi:
"Tenho 28 anos, sou casada há 9 anos e por 8 anos sofri com o vaginismo. Por muitas vezes chorei, me senti humilhada, rebaixada, diminuída, praticamente vi a minha autoestima voar para bem longe de mim. Na verdade tentei muitos tratamentos psicológicos que pelo despreparo dos profissionais sempre foram falhos... eu me negava a acreditar que tinha problemas na "cabeça", pois amo meu marido, e nunca tive pudores ou qualquer tipo de culpa (o que os terapeutas tentam te empurrar), porém como durante muito tempo nossas relações eram sem penetração, o que me deixava infantilizada, não me sentia uma mulher e com isso o pânico de perder meu amado se enraizava nos meus pensamentos. Poxa vida, por muito tempo eu tentei e nada, tudo começava bem, com carinho, tesão e eu achava que dessa vez ia dar certo, porém bastava eu me dar conta de que estava no momento da penetração que meu corpo se fechava como se gritasse um sonoro NÃO ao meu marido. Muito triste, muito triste, muito constrangedor, eu queria morrer!
Mas não foi sempre assim, nós tínhamos uma vida sexual muito boa, porém após uma infecção urinária a qual me levou ao hospital, minha mente associou a dor da infecção ao ato sexual. Na época eu não entendia, mas hoje sei que existe um mecanismo de adaptação na relação pênis x vagina onde a fricção pode gerar um desconforto na cavidade vaginal propiciando a infecção urinária, conforme explicou minha nefrologista. No meu caso tudo se resolve tomando, ao final de cada relação com penetração, um comprimido que protege a bexiga das possíveis bactérias. Não é o máximo??? Mas até eu descobrir...
Eu já não sabia mais o que fazer, as sessões de hipnose com a psicóloga não davam resultado e o meu ginecologista dá época afirmava que eu não tinha vaginismo, porque o pré-cancer eu fazia (sim fazia, mas doía muito). Foi então que eu disse para a minha psicóloga que iria procurar um cirurgião plástico para ver se tinha como cortar algo fora (hoje me mato rindo desse dia, imagina só o que eu estava prestes a fazer). Cheguei em casa e fui buscar informações sobre vaginismo (o que eu já havia feito há muitos anos antes) e me deparei com os relatos do blog da Dani e sobre os dilatadores e fiquei muito motivada a tentar. No dia 12 de agosto desse ano, eu escrevi para a Dani que me orientou a comprar os dilatadores e assumir a frente dessa batalha. Meu marido deu o maior apoio. Encomendei os dilatadores por um site que compra direto dos EUA, paguei uns R$400,00, mas valem cada centavo.
Chegaram em menos de 15 dias e logo os inaugurei, comecei bem lentamente, o primeiro tamanho era como colocar o meu dedo mindinho, não tive resistência, claro que senti um leve ardor, mas quanto mais eu o introduzia e o movimentava, mais fácil era e assim foi com os demais tamanhos, eu ficava aproximadamente uma semana com cada tamanho e depois partia para o próximo. Faço os exercícios umas 3x por semana após o banho e com muito lubrificante. Parei no quinto tamanho, pois logo tentei a penetração com o meu marido e aos poucos foi dando certo. Ainda não estou 100%, mas uns 85% (risos).
Espero que meu relato sirva para que quem, momentaneamente, está com VAGINISMO siga em frente, lute e não tenha medo, a dor é suportável quando acreditamos que vai dar certo. Sei que meu caso é mais fácil por ser um vaginismo de segundo grau, mas eu teria a mesma garra se fosse um de primeiro grau. É muito bom fazer amor com o marido e não sentir dor....isso existe....acredite!!!
Sejam sinceras com seus amados para que eles lhe deem total apoio e suporte, se isso não ocorrer, ou se o retorno for apenas cobrança e indiretas maldosas, sugiro rever seu apego a este amado, pois seu maior apego deve ser a VOCÊ mesma. Se ame mais que tudo e acredite nos dilatadores, pois na falta de marido eles estarão lá.
Um super abraço e espero ter ajudado.
Dani"

Espero que sirva pra incentivar ainda mais vocês!

.

Bjs a todas! Volto logo!

[ ... ]