sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

9.ª Consulta

Bom dia, meninas! Tudo bem? Ontem foi a minha 9.ª consulta e hoje eu vim aqui contar pra vocês como foi. Confesso que não estou muito animada não, foi uma consultinha bem banal, sei lá...
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Começamos falando sobre a consulta com a ginecologista, eu estava mega animada com as coisas que tinham acontecido e queria contar tudo logo pra ele e tal e coisa. Aí ele me disse que estava feliz pelas minhas descobertas, pelo fato da consulta ter me feito confiar mais em tudo e tralálá, MAS ele acha que o atraso dela é um fato imperdoável e que eu tenho que encontrar outra médica, que não dá pra ficar aguentando um desrespeito desse e etc, etc.
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Gente, eu concordo com ele, acho um absurdo ficar esperando tanto, MAS eu amei tanto a médica... e ela me entendeu tanto, foi tão legal... Aí o psico veio com aquela história da terapia comportamental cognitiva, do reforço positivo, e disse que enquanto as pacientes dela se sujeitarem a isso, ela não vai mudar. Ele tem razão, ele tem razão, mas pq ele não tem uma colega pra me indicar? Falei isso pra ele, claro, e ele resolveu que vai conversar com a gineco que tem consultório em frente ao dele pra ver o que ela sabe sobre o assunto, falei pra ele que estou disposta a ser a cobaia e ir à consulta com ela pra ver se presta. Agora vamos ver...
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Depois disso, ele repetiu aquela história de que só homens coniventes ficam ao lado de mulheres vagínicas e eu tb não economizei em dizer que é óbvia e cansativa essa constatação dele, visto que só há duas constituições possíveis na vida de uma mulher vagínica: ou ela tá sozinha ou está com um homem "conivente", pq se ele num fosse conivente já tinha me largado, não? Como eu tava num momento meio "fúria" (hahaha), aproveitei e perguntei se ele realmente achava que um marido não conivente ia me curar do vaginismo e finalmente ele foi claro em admitir que não, namorados/noivos/maridos não coniventes só fazem a angústia da vagínica aumentar e é isso que a move em direção da busca pela cura. Ou seja, chega de falar que meu marido é uma espécie de co-responsável, pq ele num é nada disso não! Fim do momento fúria! rs
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Bom, aí falamos sobre a minha mágica constatação a respeito do meu personagem infantil que é capaz de conseguir tudo que consegue com essa vozinha gute-gute que eu tenho (hahaha), ele ficou feliz por eu ter descoberto e admitido isso. Mas eu passei por um novo momento contestador e perguntei se sinceramente ele acha que eu preciso parar de falar feito uma criança de 7 anos (como ele mesmo disse) pra superar tudo isso. Pra minha felicidade, ele disse que não, que o que precisa ser feito é eliminar as minhas motivações pra ter esse comportamento. Ok, vamos lá, tô me esforçando pra isso!
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Aí veio a pergunta mais odiada por mim em todos os dias da minha vida de terapia: "E COMO VC SE SENTIU COM ISSO?". Primeiro que eu nem sabia de que "isso" ele tava falando... aí ele me explicou que queria saber como eu me senti quando descobri porque eu falo que nem criança e eu disse que não gostei muito de admitir que gosto que as pessoas tenham pena de mim e que me considerem frágil e incapaz. Ele insistiu em perguntar qual o sentimento. E eu por fim achei o sentimento de vergonha e ele pediu pra eu DESCREVER como é o sentimento de vergonha. Ah! Gente! Vergonha é vergonha, ué! Como é que explica isso? Ai, num sei fazer isso, gente... tem alguém aí que pode me ajudar? Me ensinar como é que se codifica sentimentos em palavras?
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Isso me cansa horrores, ele sabe disso, mas ele disse que vai ficar cutucando essa ferida, até a gente conseguir resolver essa questão. Pior é que eu não sei como resolver, sabe? A única coisa que eu consegui pensar que poderia ajudar é ter um caderninho e utilizá-lo pra anotar o que eu estiver sentindo NA HORA em que eu estiver sentindo, acho que talvez assim seja mais fácil de identificar... o que vcs acham que eu poderia fazer pra desenvolver isso? Preciso mesmo de ajuda pq sinto que enquanto ele não achar que eu evolui nesse sentido, ele não vai mudar de assunto e eu não vou sair dessa terapia nunca na vida... Humpf!
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Tá negativo esse meu post, né? Não liguem não, é que sempre que eu saio da terapia é assim: eu fico com um misto de sentimentos, fico feliz com algumas coisas, fico com raiva por outras, fico triste por outras tantas... é assim mesmo! O que importa é que eu não vou desistir por nada desse mundo! :D
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Bom, gente, é isso aí! Falamos de mais um monte de coisinhas, mas nada de mega importante que eu tenha que vir dizer pra vcs. Vejam a lição de casa da semana:
  • ler dois capítulos do livro
  • fazer massagem no marido, frente e verso, com creme
  • fazer o relaxamento II três vezes (o I ele disse que não precisa mais, que é pra focar no II, mas eu gosto tanto que eu vou continuar fazendo)

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Vou aproveitar pra dar uma revisada nos capítulos anteriores e marcar uns assuntos pra conversar com ele, era pra eu ter feito isso semana passada, mas acabei não fazendo...

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Consulta com a ginecologista

Genteeeem!
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Nem comecem a ler esse post se não estiverem prontas pra ficar um tempão aqui! Porque ele vai ser enooooormeeeee!! Tenho tanta coisa pra contar sobre a consulta de ontem! Vou contar pra vocês tudo o que aconteceu e tudo o que eu aprendi! Só não vale rir das minhas dúvidas bocós que denotam toda a minha ignorância ginecológica! hahaha
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Sentadas e bem acomodadas? Então vamos começar! Meninas, me desculpem se eu for e voltar nas histórias ou se ficar algo meio confuso, mas é que eu tenho mesmo muito o que contar! Se ficar devendo alguma coisa, podem me cobrar depois, ok?
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Bom, a médica nova foi indicação de uma amiga, marquei a consulta há mais ou menos 1 mês. Cheguei lá 25 minutos antes do meu horário, pois afinal sou uma mocinha muito pontual! hehe (se meu terapeuta vê eu dizendo mocinha, ele me esfola! haha) Imaginem só que horas eu fui atendida? Quase 4 horas depois!!! Gente! Tava louca da vida, achando um abuso, um ultraje, uma falta de respeito! Pensei em fugir, ir embora, só que fiquei analisando se de alguma forma estava querendo fugir mais por medo do que por impaciência. Aceitei que tava mesmo era com um medão danado e decidi me obrigar a ficar ali quantas horas fosse preciso, afinal tinha sido difícil arrumar uma indicação boa perto do trabalho, tinha demorado pra eu conseguir a consulta e eu precisava tomar vergonha e cuidar da saúde.
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Beleza. Quando tava quase na hora de ela me chamar, fui até a recepcionista ver quantas faltavam pra minha vez e veio a primeira saia justa da noite. A recepcionista queria saber se eu iria fazer o papanicolau ou não porque a minha consulta era particular e eu tinha que pagar antes. Obviamente eu não sabia essa resposta, aí disse pra ela que queria falar com a médica primeiro. Aí ela me perguntou se fazia mais de um ano do meu último papa, eu disse que sim e ela disse que então eu tinha que fazer e eu insisti que queria falar com a médica. Como ela não desistia, resolvi que não ia fazer papanicolau nenhum e que se ela queria tanto o cheque, eu preenchia logo (bem brava mesmo).
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Depois do pitizinho, logo foi a minha vez. Subi as escadas, entrei na salinha e quem me atende? Uma enfermeira pra fazer a tal da triagem... Ela me perguntou idade, idade da primeira menstruação, estado civil, método contraceptivo e quanto tempo fazia desde o último papanicolau. :S Pensei em dizer que fazia 27 anos, mas achei que a menina não fosse entender! hahaha Como eram duas opções (+ ou - de um ano) e 27 é mais de 1, respondi: "+ de um ano" (hehe), aí ela disse que eu tinha que fazer o papa, de novo falei pra ela que queria falar com a médica primeiro e a moça toda doce me falou que a médica sempre pede papa pra quem está a mais de um ano sem fazer e eu insisti que queria falar com a médica antes. A mocinha era muito doce mesmo e me esclareceu que ela prepara as pacientes, troca a roupa e coloca na posição pra ficar fácil pra dra. coletar o material e eu (vermelha e incomodada, já) disse pra ela que realmente não iria fazer sem falar com a dra. Finalmente ela desistiu.
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Depois disso esperei mais uns 10 minutos até a dra. chegar. Eu já estava pensando em um jeito de fugir, não queria mais ficar ali, tava me sentindo péssima, com vergonha de tudo o que já tinha acontecido, arrependida por ter esperado e tudo o mais. Eis então que a médica entra no consultório, sorri, me cumprimenta e pergunta sobre o q? Oras, sobre o papanicolau! Foi assim: "Vc disse que faz mas de um ano que vc não faz papanicolau, né? Quanto tempo faz?" e eu disse: "então, Dra., a história é longa... na verdade, eu nunca fiz!" e ela perguntou o porquê e lá fui eu com a voz tremida e já meio embargada contar minha história...
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O mais legal foi ver as caras que ela fazia, gente! Ela sabia exatamente do que eu tava falando e em nenhum momento franziu a testa, nem depois da minha primeira e fatídica frase: "sou casada há um ano e meio e nunca tive relações sexuais completas com meu marido", todos os outros médicos me encararam como se eu fosse anormal e ela não. Ela me olhou como se eu fosse mais uma num mar de tantas outras sofredoras e isso me fez me sentir muito bem! :) Me senti uma pessoa normal...
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Quando eu terminei de falar, ela esclareceu algumas dúvidas (do tipo se eu não consigo nadinha de penetração, até onde eu já fui e tals) e por fim me disse que tem um monte de pacientes como eu e que eu não tenho que me sentir constrangida de nenhuma forma e que é importante que eu descubra que causas psicológicas estão por trás de tudo isso. Quando soube que eu estou fazendo terapia, ela ficou super contente, disse que eu estou no caminho certo e que já tenho algumas evoluções e que é isso aí, é perseverar, se tratar e ter paciência porque este num é um problema que se resolve do dia pra noite. Ela perguntou se meu marido participa das sessões, eu expliquei como é e ela disse que é muito importante que ele participe comigo, que a gente leia junto, que a gente converse sobre isso porque cada casal tem um encaixe e a gente precisa descobrir o nosso junto! Ou seja, ela não disse que eu sou incurável mas tb não encarou meu problema como uma banalidade! Ela acertou na medida!
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Quando usei o termo vaginismo, aconteceu uma coisa "interessante", ela virou pra mim e disse: "mas não é só vaginismo que vc tem!", confesso que um pânico passou pela minha mente e eu perguntei o que mais eu tinha. Ela me explicou com todo o carinho que por trás do vaginismo há muitas causas psicológicas que tem a ver com a minha infância, com a minha educação (e tudo aquilo que estamos cansadas de ler por aí) e eu entendi que o conceito dela de vaginismo está somente ligado à contração dos músculos. Achei interessante ver que mesmo tendo este conceito (que pra mim é errado) do vaginismo, ela não ignora as causas psicológicas e tem plena noção que não é possível se curar sem antes resolver essas pendências.
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Daí falamos sobre o papanicolau. Como disse a vocês ontem, eu queria muito fazer o exame, pq quero cuidar da minha saúde e ela me explicou coisas sobre isso que acho que vcs tb precisam saber. A dra. me perguntou se eu tinha algum corrimento e como a resposta foi negativa, ela disse que eu não preciso fazer o exame AINDA, que o exame é obrigatório após mais ou menos um ano de atividade sexual e nesse caso só vale a completa. Ela me contou também que, se for o caso de uma mulher ter vaginismo até os 35 anos de idade, por exemplo, aí é importante fazer o exame, porque com essa idade já é mais arriscado para as doenças do útero, mas que na minha idade ainda não é preciso ter pressa.
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Ela me contou também que um estudo diz que a maturidade sexual da mulher ocorre por volta dos 30 anos, considerando que ela tenha iniciado sua vida sexual aos 18 anos. Imaginem só! Precisa de 12 anos pra ser sexualmente madura! Não sabia disso e achei bem legal! Ela usou isso pra ilustrar que se pra uma mulher "comum" é preciso tanto tempo pra ter maturidade, porque eu tô com tanta pressa? Adorei! hehe
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Conversamos sobre como vai ser a partir de agora. Ela disse que é interessante que eu me consulte com ela de 6 em 6 meses, porque ela quer acompanhar essa minha evolução. Se eu tiver algum corrimento ou anormalidade antes desse tempo, eu tb devo marcar uma consulta. Segundo ela, é importante que a gente se conheça e que eu adquira confiança nela pra poder fazer o papanicolau. Ela disse que esse exame é super chato e incômodo pra todas as mulheres e que fazê-lo em mim ontem poderia, além de tudo isso, ser traumático, porque eu ainda não estou pronta. Então pra que forçar se ainda não há necessidade? Ela disse tb que fez uma anotação na minha ficha e que nas próximas consultas não terei que justificar tantas vezes pq não farei o papa, é simplesmente dizer "não, hoje não vou fazer o papa" e ponto final. Aí quando eu entrar na consulta, se nós duas acharmos que podemos tentar, é simples, a gente vai lá e tenta! Ela falou que tem várias pacientes que ela tenta num dia não consegue, aí a paciente vai no dia seguinte e tenta de novo e vai assim até conseguir. Que ela já está acostumada com esses casos e que o negócio é não ter pressa! :D
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Ah! Ela me explicou uma coisa sobre os preparativos pro papanicolau que eu não sabia direito... Li na internet que pra fazer esse exame precisamos ficar de 3 a 5 dias sem relações sexuais. Eu, do alto da minha inocência, achei que era sem relação nenhuma (afinal, pra uma vagínica, relação sexual num é penetração, né?) e ela disse que só não pode haver ejaculação lá dentro, se não quando coletar o material vai ter espermatozóides vivos lá (eles duram 3 dias), então transar com camisinha pooooode! rs
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Ela me contou vááários casos de outras pacientes dela pra ilustrar e eu vou contar os que eu lembrar pra vcs. Na hora em que estava me dizendo que não precisava ter pressa pra fazer o papanicolau, ela disse que teve uma paciente que tinha que fazer o exame e naquela época o espéculo era de metal (hoje é descartável - deve ser de um tipo de plástico) e que a mulher teve uma contração involuntária tão forte que quebrou o espéculo dentro dela, e até machucou a vagina! Chocante, né? Ela contou tb de uma outra paciente que aos 45 anos (15 de casada e desde sempre se tratando com a mesma médica) ainda tinha vaginismo e a médica teve que anestesiá-la pra fazer o exame! Eu até perguntei se ela não se curou e a médica disse que o primeiro passo pra curar é admitir que tem um problema e que precisa de ajuda e essa paciente nunca conseguiu isso... :( Ela contou um outro caso de uma japonesinha que começou a fazer uma série de exames pra saber porque não conseguia engravidar e não dava pra entender porque ela não tinha nenhum problema, depois de muuuito tempo a médica descobriu que a paciente só praticava sexo anal! :S Até onde vai a ignorância da mulher, né? (e, que fique claro, não estou me excluindo das ignorantes)
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Bom, daí mostrei meus exames pra ela (que o outro gineco havia pedido), ela me receitou um remédio pros cistos que eu tenho nos seios (nada grave, gente, já tive mil vezes e só vai se curar completamente quando eu amamentar), disse que meu útero e ovário são normais, então, a priori, não há com que se preocupar.
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Falei pra ela de umas dores que eu tô sentindo (bem embaixo na barriga e nas costas) e a vontade de fazer xixi toda hora, e ela explicou que isso é cistite e infecção urinária, ela me pediu um exame de urina e me deu um remedinho, que bom pq eu não aguento mais essa dor chata... Aí começamos a investigar minhas possíveis causas e como eu bebo muita água e não sou de segurar o xixi, chegamos a algumas conclusões que tb são importantes para vocês:
  • exercícios de Kegel não podem ser feitos com frequência durante a micção, se não provoca uma espécie de refluxo na urina que pode causar infecção
  • depois de namorar o marido (mesmo que seja só uma brincadeirinha ali na portinha) é sempre bom fazer xixi, aí se alguma bactéria entrou, a gente coloca pra fora!

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Já no final da consulta, quando estávamos de pé pra sair, ela me disse que as pessoas que sofrem desse problema costumam procurar soluções na internet com o que ela chamou de "Dr. Google" (hehe), mas que esse assunto ainda não é muito abordado, e as informações não são muito claras... Aí tive que falar do blog, né? Ela achou mega legal a nossa iniciativa e que daqui a pouco eu vou dar palestras a esse respeito! haha Eu disse pra ela que se aparecer alguém lá com dificuldade de encarar que tem esse problema pra indicar o blog que a gente ajuda a pessoa! Né?

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Então, gente, apesar de tudo o que aconteceu (a espera e as perguntas chatas), eu gostei muuuito dessa médica, finalmente alguém que me entende, que sabe do que eu tô falando e que tem experiência com gente como eu! :) Tô encarando as coisas chatas que aconteceram com as atendentes como um teste pra ver se eu tava bem convicta! hahaha E eu passei no teste! Nada é fácil pra gente mesmo, né, pessoal? Então pq eu vou reclamar? Foi difícil mas valeu a pena!

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Bom, acho que foi isso! Se eu lembrar de mais alguma coisa, posto depois, tá?

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Bjs!

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ginecologista novo!

Oi, meninas!
Obrigada pelos comentários no post de ontem, realmente vcs têm razão, não posso me conformar com o tantinho, tem que conseguir tudo, tudo, tudo! rs Afinal com um tantinho só vai escorregar e eu não vou conseguir me segurar no lustre! hahahaha Bom, vou me esforçar pra cumprir direitinho essa tarefa, mas e se eu der uma escapadinha de leve, será que interfere muito? rs (safadinha...)
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Então, hoje vou a uma ginecologista nova. Estou com muita esperança de que esta seja uma das boas! Até combinei com o psico, que vou chegar lá e explicar o que eu sinto, sem dizer que é vaginismo, só pra ver o que ela diz a respeito, aí dependendo de como for, eu explico que estou fazendo terapia e tudo mais...
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O meu objetivo principal com ela é fazer o tal papanicolau... meninas, não é porque a gente tem esse problema que precisa deixar a saúde de lado, não é? Com essa história do meu "tantinho", meu marido já ejaculou váááárias vezes dentro de mim, o que quer dizer que a minha vagina está sendo usada (subutilizada, mas td bem... kkkk) Ou seja, estou arriscada a ter doenças como qualquer mulher, não?
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Então, não sei se eu contei aqui, mas há pouco tempo, voltei no meu ginecologista de sempre. Foi a pior consulta de todas que eu já tive com ele, primeiro pq ele me olhou como se eu fosse um ET quando eu disse pra ele que ainda não tinha resolvido meu problema. Expliquei pra ele sobre o vaginismo, disse que estava fazendo terapia e tal e coisa, mas vocês acreditam que o danado ainda não acreditou no problema? Ao invés de ele ir lá me examinar (como fez um outro que eu consultei certa vez), ele fez um pedido de uma tal vulvoscopia, dizendo que com esse exame teríamos uma clara visão e poderíamos ter certeza.
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O danado ainda teve a cara de pau de me dizer que não me conhece o suficiente pra ter certeza do que eu tenho pq eu fui poucas vezes lá (gente eu vou lá desde 2000, praticamente todos os anos), sendo que eu me lembro de ter reclamado pra ele umas 4 vezes pelo menos das dificuldades, meu marido até chegou a ir numa das consultas (antes da gente se casar) e explicar sobre o vaginismo (ele tinha ouvido uma reportagem no rádio) e tudo que o Dr. sabia era receitar o de sempre "relaxa e usa esse lubrificante aqui"...
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Aí eu contei a ele que queria fazer o papanicolau e ele disse que não ia fazer pq não podia sendo que eu não conseguia ter uma penetração, perguntei pra ele (eu não desistia, gente, vcs precisavam ver) sobre o espéculo de virgem e ele disse que não tinha, mas que não era nem questão disso, pq não era o momento de fazer esse exame.
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Ai, gente, fiquei tão louca da vida com ele que não vou voltar lá nunca mais. Peguei os pedidos médicos que ele me deu, fiz os exames e tratei de procurar outra médica. Aí vou levar os resultados pra ela ver hoje, mas naquele eu não volto nunca mais! Pior que ele trata praticamente todas as mulheres da minha família, sabe? Mas eu fiquei pensando se vale a pena eu me tratar com um médico que não se atualiza, que não ouve a paciente, que não enxerga o que tá na cara dele! Vou ter filho com um doido desse? Não mesmo!
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Aí falei pro meu marido que vou comprar um livro sobre vaginismo, escrever uma dedicatória bem carinhosa (não tô sendo irônica, é carinhosa mesmo, pq eu gosto dele e acho que ele deveria ser um médico melhor) e mandar pelo correio pra ele, o que vcs acham? Meu marido acha que é perda de tempo e que ele nem vai ler porque ele é autosuficiente demais pra isso...
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Bom, estou numa expectativa danada com relação à consulta de hoje. Quero muito que a médica seja A médica, sabe? Que ela saiba sobre o vaginismo, que ela me entenda, que ela faça o exame, que eu não sinta dor e que a minha saúde esteja boa! Será expectativa demais? hahaha
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Amanhã venho contar pra vocês como foi a consulta, tá?
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Bjoquinhas!
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Castigo" da terapia

Bom dia, meninas!
Antes de tudo gostaria de agradecer pelos comentários no último post. Adoro ver que tem gente aproveitando os posts pra se ajudar, gente me incentivando, gente dando testemunho e tudo mais, muito legal! :D
Gente, o assunto de hoje se deve a um e-mail que eu recebi da minha amiga C. que estava contando sobre a terapia dela nesse fds. Ela falou que o terapeuta proibiu as tentativas de penetração, aí eu me lembrei que o meu tb fez isso e que eu nunca havia mencionado aqui. Pois bem, lá vou eu.
Logo no começo do tratamento, acho que na terceira consulta, o terapeuta pediu que eu levasse meu marido até lá pq ele precisava conversar com ele. Confesso que fiquei um tantinho apreensiva, não sei porque mas achei que o psico poderia mencionar as coisas que eu respondi nos questionários e eu não tava querendo falar sobre isso na frente do marido E do psico ao mesmo tempo.
Pois bem, agendamos um horário que ficou bom para o marido comparecer e fomos até lá. Na realidade, até gostei da consulta pois não tive que ficar encarando sozinha as "caras de ué" que o psico faz toda consulta (hahaha) e gostei tb pq não era o foco do dia, a maioria das coisas ele perguntava para o meu marido. Graças a Deus, temos um bom relacionamento, conversamos bastante a respeito de tudo e por isso nada do que meu marido disse na consulta me surpreendeu. Foi bom tb pq meu marido virou um "aliado" contra o chatão do meu terapeuta (hahaha), brincadeira...
Os temas abordados foram: como meu marido encara meu problema, como ele me trata em relação a isso, como são nossas relações sexuais (apesar de eu já ter explicado, o psico queria ouvir dele), etc. A conclusão que o terapeuta chegou é que por trás de toda a mulher vagínica há um marido excessivamente compreensivo. Oras, mas isso é óbvio, não? Se não fosse compreensivo demais já teria largado a gente, né? Afinal nós, em geral, demoramos muuuito para procurar tratamento... :(
Até aí ok. Quando já estava quase no final da consulta, o terapeuta veio com essa de que seria fundamental ao tratamento que nós evitássemos qualquer tentativa de penetração. Ele disse que poderíamos namorar à vontade, mas sem "aquilo naquilo" (hahaha). Fizemos uma cara de num tô acreditando e ele começou a explicar os motivos. Segundo ele, é importante desmistificar essa história da penetração ser algo doloroso e sofrido, então nós afastamos o estímulo "negativo" até que estejamos prontas para que ele seja positivo (tá escrito no livro isso, inclusive).
Contestamos muuuuito a esse respeito, mas no final "concordamos". Coloco assim entre aspas, pq o psico não quis nos dizer por quanto tempo isso será necessário e nós combinamos entre nós, que será pelo tempo que NÓS acharmos necessário, ou seja, se um dia der muita vontade, vamos fazer sim!!
Aí que eu achei uma coisa muito curiosa. Quando me contou isso, a C. me disse que isso não seria nenhum sacrifício pra ela, mas pra mim é!! Pessoal, não sei se a cura do vaginismo tem fases, mas parece que eu tô numa segunda fase, sabe? Eu consigo um "tanto" de penetração com meu marido, a gente tenta um pouquinho a mais, se num dá, a gente se diverte com aquele "tanto" mesmo e é tãããão gostoso, eu adoro! Então pra mim tá sendo bem sacrifício ter que ficar sem.
Daí que não entendi muito bem se esse procedimento deveria ter sido "receitado" pra mim, pq a penetração (o pouquinho de sempre) não é mais um suplício pra mim (já foi, e muito). Então, não há esse "negativo" a ser afastado, portanto eu não entendo pq tenho que "regredir" meu relacionamento com meu maridinho... Sei lá, às vezes me parece que ele tá me dando a receitinha do bolo, sabe? Mas meu forno é diferente! Tem que adequar a receita! hahaha
Bom, de qualquer forma, tô dando um prazo de experiência pro psico (kkkk), se num der resultados, eu volto com minhas saudosas e divertidas brincadeirinhas!
Qualquer dia conto pra vcs como a penetração parou de ser um suplício na minha vida, tá? Ah! Mas quero deixar claro que AINDA não consigo uma penetração completa, viu? É só um tantinho, um tantinho maior do que antes, com certeza, mas só um tantinho... rs Mas isso vai mudar, né? Não vejo a hora de namorar com meu marido até pendurada no lustre! hahaha
Bjs, amigas!
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

8.ª Consulta

Gente!
A consulta de ontem foi um babado! hahaha
Bom, começamos falando a respeito dos exercícios da semana, ele me perguntou como foi a massagem com o talco, eu expliquei sem muitos adjetivos de sentimento como sempre, aí falamos sobre o relaxamento 2 (acho que eu nem contei que na última consulta ele mandou eu fazer o relaxamento 2, né?), foi uma conversa tranquila tb.
Aí resolvemos falar sobre o feriado, contei pra ele que foi bem legal, que nos divertimos muito no sítio e que eu pratiquei novamente andar de bicicleta, mas que foi bem difícil. Ele pediu pra eu contar melhor e eu expliquei quais eram as minhas dificuldades principais, foi interessante pq ele "analisou" o que eu disse e me falou que é clara a minha necessidade de controle e diz que é ela que está me impedindo de aprender (pq sempre que eu preciso parar a bicicleta eu coloco o pé no chão, ao invés de apertar o freio), achei interessante e fiquei pensativa... Foi legal essa parte pq ele me explicou como eu posso fazer pra contornar o problema, dizendo que preciso praticar sozinha, usar o freio sem motivo só pra me adaptar, entender como o freio funciona, e aos poucos ir evoluindo, com obstáculos e tals. E ele disse tb que eu não posso praticar com alguém que me coloque pra baixo, então se eu não achar ngm pra me animar, é melhor ir sozinha!
Tá, aí falamos sobre a minha carta e ele pediu pra eu dizer como me senti, eu falei que estava aliviada por não precisar fazer o exame de novo e que estava muito realizada com a conquista e que estou sentindo que estou cada vez mais próxima de resolver todos esses problemas que estão tão interligados na minha vida. Aí veio o babado 1, ele virou pra mim e disse que precisava falar uma coisa que o estava afligindo: disse que me consultar é como consultar uma atriz, que ele nunca sabe distinguir se está sendo sincera ou está atuando e que ele não consegue identificar se eu estou falando mesmo a verdade, se eu estou mesmo sentindo aquilo de verdade. Gente, fiquei passada! Eu lá me esforçando e ele disse q eu sou atriz! hahaha Na verdade, ao mesmo tempo que fiquei passada, achei graça da situação, mas não pude rir ou então ele ia achar que eu estava disfarçando algum sentimento... No final disse pra ele que sentia muito mas tb não era capaz de dizer se estava pensando ou sentindo o que estava dizendo...
Daí eu resolvi dizer a ele como eu mudei nos últimos tempos, uma vez que a minha motivação pra entrar na natação e na autoescola foi única e exclusivamente a frase de uma amiga que disse: "seu marido vai ficar orgulhoso de vc", isto é fiz uma coisa pelo meu marido e não por mim. E agora tudo mudou, agora quero nadar cada vez melhor pra poder fazer mergulho em Fernando de Noronha, pra poder nadar no mar (sabe quando a gente faz passeio de escuna e quem quiser pode pular na água?); quero dirigir, pra ir ao mercado sozinha, quando ele não quer, pra ir na casa da minha mãe quando quiser, pra revezar com ele o volante quando formos viajar... Aí parece que ele se convenceu que eu estou sentindo isso, não estou "dando a resposta que eu acho que é a correta" (ele tb disse isso pra mim).
Bom, aí começamos a falar sobre a minha voz, ele disse que ela não passa credibilidade, que ela passa a idéia de uma pessoa frágil e incapaz. Fiquei pensando e disse a ele que eu tinha um emprego em que em certas situações eu precisava conversar com pessoas importantes e expor minhas idéias, e que eu consigo identificar que nesses casos minha voz mudava. Ele disse que não vê a hora de conhecer "essa Daniela" e deixou uma pergunta pra eu pensar nessa semana: "o que é que vc ganha quando vc fala assim?" (de maneira infantil) e aí a dica que ele me deu foi o babado 2: "vc é uma pessoa manipuladora" e "vc é um personagem".
Ou seja, sou falsa, dissimulada e manipuladora, aff! Conversei com o meu marido a respeito e ele achou um absurdo a parte do falsa e dissimulada, mas a parte do manipuladora ele disse que é verdade, que toda pessoa inteligente é de certa forma manipuladora, isto é, arranja meios de conseguir o que quer. Me senti a vilã da novela das 6, mas depois refleti e entendi que isso é verdade mesmo.
Estava refletindo sobre a pergunta que ele me fez e acho que sei a resposta: eu consigo conquistar as pessoas com essa voz, eu consigo fazer com que elas façam as coisas por mim, eu consigo convencê-las de maneira sutil que eu estou certa, eu passo a idéia de que sou uma pessoa frágil e isso faz com que de alguma forma elas tenham pena de mim e queiram me ajudar. Nunca imaginei que eu gostaria que as pessoas tivessem pena de mim, mas indiretamente é isso sim! Eu descobri quando lembrei de uma frase que um amigo me disse certa vez: "pedindo assim, quem é capaz de te negar alguma coisa? vc consegue tudo o que quer" Eu achei um elogio, mas agora estou meio confusa... é errado ser assim?
Lição de casa da semana:
  • ler dois capítulos do livro
  • marcar minhas dúvidas e coisas que eu quero comentar sobre os capítulos anteriores
  • EVOLUÇÃO: fazer a massagem com o marido sem nenhum produto, mas agora é "frente e verso" hahaha, sem as partes eróticas é claro (bumbum, seios e genitais estão fora!)
  • fazer o relaxamento I três vezes
  • fazer o relaxamento II três vezes
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Post rápido!

Olá, pessoal!
Hoje é dia de consulta, hein? Amanhã venho com as novidades!
Mas não aguentei esperar pra contar pra vocês que fiz o exame prático de direção e passei! Uhuuuu! Sou uma motorista habilitada! Êeeeeeee
Bom, fora isso, esse fds eu treinei andar de bicicleta (cai várias vezes, sou fiasco, mas vou melhorar, hehe) e nadei bastante, estou cada vez melhor na água!
Olha que legal: eu estou vencendo uma a uma todas as coisas que mostraram ao meu psicólogo o que me levou a ter vaginismo! Ou seja: MINHA VITÓRIA ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMA! :D
Bjs queridas! E obrigada por estarem aqui comigo!
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Minha 7.ª Consulta

Olá, pessoal!
Ontem foi a minha sétima consulta! Nem eu acreditei quando contei e vi que já fui lá tantas vezes! Ele logo perguntou sobre o blog, eu contei o que eu escrevi e ele me deu uma bronquinha, disse que o fato de eu ensinar a fazer o relaxamento aqui, pode gerar uma "auto-medicação" na galera... EU particularmente acho que esse exercício não será capaz de nenhum efeito colateral, mas td bem... o que ele disse foi que o exercício pode não ter efeito algum se estiver dissociado do acompanhamento terapêutico... bom, não sei...
Tenho que confessar que estou com a sensação de que não sai do lugar, contei um pouco sobre o meu trabalho pra ele (nunca tínhamos falado disso), conversamos sobre a minha semana, falamos sobre os exercícios...
Ele achou que eu evolui bastante com o relaxamento 1 e me deixou ir pro 2! Eu fiquei bem feliz com isso, pq foi mais um passinho, né? Fora isso, ele disse que essa semana terei que fazer a massagem com talco... pra mim talco é coisa de criança ou de vovozinha, mas td bem... meu marido que odiou a notícia, ele disse que detesta talco, MAS como é pro meu tratamento, vai ter que fazer!!! hehe
Falamos sobre o exercício do espelhinho e eu disse a ele que me senti meio ridícula e "fora de contexto" fazendo um exercício de me observar com a idade que eu tenho, sei lá, eu já tinha feito isso quando era adolescente, já sei onde ficam as coisas (certo que eu nunca tinha "encarado" a minha uretra, mas td bem), fiquei meio triste constatando que com 28anos ainda tenho que fazer um exercício de descoberta como esse, sei lá, pareceu que me fez regredir ao invés de progredir... Ah, sei lá, achei chato...
Bom, outra coisa que eu não gostei muito de ontem, tava falando pro Dr. que o meu marido não vê a hora que a massagem evolua e que o "bumbum" possa participar da brincadeira. Aí ele fez uma cara estranha e me mandou repetir, eu repeti e ele continuou com a cara estranha... depois de alguns segundos tentando adivinhar o que ele tava querendo dizer com aquela cara, consegui descobrir que ele estava incomodado com a palavra "bumbum", que essa palavra é infantil e que eu deveria dizer "bunda". Ah, fala sério, eu acho "bunda" uma palavra chula, num quero falar assim, será que toda mulher que não é infantilizada e que não tem vaginismo fala bunda? Com certeza não...
Além disso, ele disse que vai demorar muuuuuuuuuito (ele deu essa ênfase) pro bumbum (o blog é meu, eu escrevo como eu quiser! hahaha) participar da massagem, ou seja, me desmotivou completamente quanto a evolução do tratamento...
Desculpem, amigas, mas estou de novo achando um saco e uma demora sem fim esse tratamento com o terapeuta... Depois dessas coisas nem tive vontade (nem tempo) de perguntar a ele a respeito dos dilatadores, certamente ele virá com aquela história de que eu não preciso me antecipar e tal e coisa... tô com vontade de comprar mesmo assim!
Ai, que post chato, né, gente? Desculpa, mas tem dias em que a gente pára pra pensar nas coisas e dá essa sensação de saco cheio de tudo...
Quem sabe mais tarde eu volto com um post melhorzinho...
Bjs
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Passos do Tratamento

Meninas!
Quero escrever tanta coisa, mas estou sem tempo! Que pena...
Vou contar rapidinho pra vcs como é a estrutura de cada sessão da minha terapia e aproveitar pra explicar pra vcs o passo-a-passo do Relaxamento I que eu faço 3 vezes por semana, tem me feito muito bem, acho que todas poderiam fazer, é bem fácil e mal não pode fazer! :)
Minha sessão é basicamente assim:
  1. o terapeuta me pergunta como eu me senti na última sessão, se houve algo que eu não gostei, que eu não me senti bem, etc.
  2. ele pergunta como foi a minha semana, se aconteceu algo especial que eu gostaria de contar. Se aconteceu, falamos sobre isso e ele geralmente aponta comportamentos meus que foram "inadequados"
  3. aí é hora de discutirmos a respeito dos exercícios que ele me passou, aí eu tenho que dizer como foi, se foi fácil/difícil, como eu me senti em relação ao exercício (hoje, por exemplo, terei que explicar como foram as massagens com o marido, comparar minhas sensações sem creme, com creme, com óleo, etc, etc)
  4. falamos sobre os 2 capítulos do livro que eu li durante a semana, o que eu achei sobre o que dizia, se eu gostei ou não, se o assunto era novidade pra mim ou não
  5. o terapeuta introduz algum assunto novo (como na última sessão que ele me mostrou as fotos) que vai, na verdade, me preparar para um exercício que eu terei que executar na próxima semana
  6. ele passa a lição de casa e fim! :)

Aí eu vou pra casa pensando em tudo o que falamos, em todas as vezes que ele pegou no meu pé porque eu falei de maneira infantil e trilili... :S

Bom, falemos do exercício de relaxamento! É assim ó:

  • Escolha um lugar onde vc pode ficar recostada ou deitada, de maneira bem confortável. Dê preferência pra um lugar onde vc se sinta bem e tranquila e em que haja o mínimo de interferências possíveis (TV, filhos, campainha, barulho da rua, etc.), vc pode regular a luz pra que fique mais confortável pra vc e colocar uma musiquinha se lhe agradar (eu vou para o meu quarto, deixo a porta entreaberta, assim fico com a luz que vem da sala - gosto do escurinho)
  • Vc pode estar com roupas largas ou sem roupa mesmo, como preferir (eu fico de pijama ou vestidinho, coisa assim!)
  • Aí, vc deve deitar-se, de barriga pra cima, com os braços esticados ao longo do corpo e fechar seus olhinhos
  • Respire calmamente algumas vezes até que vc sinta que seu corpo está calmo
  • Agora vc vai começar o exercício, que consiste em contrair e relaxar cada parte do seu corpo, concentrando-se bem na tensão e depois no relaxamento
  • Começamos pela testa, vc deve franzir bem a testa (o tal do cenho), aí vc se concentra em como ficam tensos os músculos... como o seu couro cabeludo fica repuxado pra frente... como é essa sensação... Depois de conseguir focalizar tudo isso, vc relaxa devagar... se concentra bem em como se dá esse relaxamento... como vc fica com os músculos daquela região todos relaxados... como é interessante seu couro cabeludo voltando a posição... etc.
  • Em seguida, vc deverá repetir o mesmo processo com as demais partes, na ordem em que eu vou dizer aqui, sempre focalizando bem a tensão e depois aproveitando bem a sensação prazerosa do relaxamento:
  1. Contraia os músculos da região dos olhos e do nariz, franzindo o nariz e apertando bem os olhos
  2. Force os músculos do maxilar, cerrando os dentes e fazendo pressão nas gengivas
  3. Force o pescoço para trás contra o apoio que está sob sua cabeça
  4. Traga o pescoço pra frente, movendo seu queixo em direção ao peito
  5. Feche bem as mãos
  6. Tensione os antebraços, voltando as mãos para trás
  7. Tensione os ombros erguendo-os
  8. Arqueie as costas a ponto de gerar um vão entre o seu corpo e a cama/sofá/chão
  9. Respire profundamente e segure antes de expirar
  10. "Sugue" a barriga pra dentro
  11. Contraia o bumbum, pressionando uma nádega contra outra
  12. Contraia as coxas, pressionando uma contra a outra
  13. Contraia as "batatas da perna", voltando seus pés para trás
  • Lembre-se que em cada um desses movimentos vc deve se concentrar na contração, depois relaxar e se concentrar no relaxamento. Não tenha pressa, faça tudo bem calmamente e concentrada nos movimentos.
  • Quando terminar todos esses movimentos, respire calmamente algumas vezes, enchendo bem o peito de ar, até que vc sinta-se relaxada o bastante para terminar o exercício
  • Abra os olhos e levante-se devagar...

É muito gostoso fazer esse exercício, gente! Meu psicólogo diz que muitas mulheres não têm um bom sexo pois tem problemas em se concentrar no que estão fazendo e deixam o pensamento vagar pela pilha de roupas que está pra lavar ou passar, pela conta de luz que ela esqueceu de pagar, pelo sabão em pó que tá acabando, pelo final da novela e etc, etc.

Ele bate muito nessa tecla comigo, dizendo que eu preciso me concentrar no que eu estou fazendo quando meu marido me faz a massagem e tals. Esse exercício tem me ajudado bastante com isso, tem sido cada vez mais fácil me concentrar completamente no movimento, na tensão/relaxamento de cada parte do meu corpo. Talvez contribua com vcs tb! O que acham de tentar?

Bom, por hoje é só que tô na correria!

Bjs

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Esclarecendo a massagem

Gente! Bom dia! Espero que estejam todas bem! :)
Só pra esclarecer o que é essa massagem com o marido: não, não é nada erótico, é no máximo sensual! Ainda assim, tá bem longe de sensual! hahaha
É assim: o parceiro deita na cama de barriga pra baixo, só de calcinha/cueca, aí vc faz uma massagem desde a cabeça até os pés, só na parte de trás do corpo e agora pasmem: pulando o bumbum! Isso aí, bumbum não pode, é zona proibida! hahaha
Enquanto um faz massagem, o outro tem a obrigação de esvaziar a cabeça de qualquer pensamento e se concentrar única e exclusivamente na massagem, que sensações te dá, onde é bom, onde não é, porque não é, se pode melhorar, ou se aquele lugar não tem jeito mesmo, etc.
Na primeira semana a massagem foi a seco. Na segunda, deveria ter sido com creme (mas como eu tive uma "discussão" com o psicólogo ele acabou esquecendo de me dizer isso). Na terceira semana, que é a que eu estou, é com óleo.
Aí a cada semana vc tem que fazer a massagem pelo menos uma vez, sempre concentrada no toque e comparando a diferença dos outros "produtos".
Eu adoro a massagem porque a gente vai falando pro parceiro o que a gente gosta e o que a gente não gosta e ela vai melhorando cada vez mais, a minha com creme foi ontem e foi tããão boa! :)
Bom, é isso pessoal! Quem puder aplique! Mesmo sem fins terapêuticos, é muito bom!
Bjs
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mais uma consulta no terapeuta!

Olá, meninas!! Como vão?
Antes de mais nada, bem vindas Amada e Anônima! Estou adorando ter os comentários de vcs! Às vezes queria responder... então se puder me enviar um e-mail seria legal! :) Se não puderem, tudo bem, continuem vindo aqui, tá?
Então, gente... minhas consultas com o terapeuta são às quintas-feiras, mas nessa última, eu fiz uma confusão e acabei marcando junto com a aula de direção... :S Pois é, sei lá o que eu tava pensando na hora, mas tudo bem. Tentei mudar a aula mas não consegui, aí acabei conseguindo mudar a terapia pra sexta, estava morrendo de medo de não conseguir pq o terapeuta havia dito que isso só seria feito em último caso, mas no final foi tranquilo... :)
Na sexta, eu acordei passando muuuuito mal, com enjoo, febre, dor de barriga, dor no corpo, tudo de ruim. Saí do trabalho mais cedo e fui pra casa descansar, só que tinha a consulta! Ai, descansei um pouco e peguei o bus pro médico. Gente, eu tava verde de tão mal, mas não queria perder a consulta por nada. Quando cheguei lá, ele logo percebeu e me deu até uma bronquinha, disse que não era pra eu ter ido passando mal, que assim não adianta e coisa e tal. Mas logo ele se conformou que eu iria até se tivesse com hemorragia! hahahaha
Bom, começamos a consulta falando da semana, como sempre e logo eu contei pra ele de vcs, de como estava sendo bom pra mim trocar experiências com gente igual a mim, sobre o fato de termos causas parecidíssimas e coisa e tal. Falei pra ele que pesquisei sobre o método de trabalho dele - a tal de TCC (Terapia Coginitivo-Comportamental) - disse que precisava saber que tudo aquilo tinha realmente um embasamento científico pra seguir mais segura.
Aproveitei pra falar tb a respeito da minha vontade de fazer os exercícios mesmo sem ele "autorizar" e essa parte da conversa foi bem interessante. Ele me disse que eu poderia até fazer, que isso não ia atrapalhar a terapia, MAS que talvez eu não tiraria 100% de proveito da atividade, por não estar preparada pra ela, então o mais adequado era esperar estar preparada (segundo ele, ele conseguirá identificar quando eu estiver) pra fazer o exercício e tirar dele todo o benefício que ele possa me oferecer.
Achei a justificativa interessante, mas confesso que fiquei ainda com vontade de evoluir mais rápido, o que eu não sabia é que essa consulta já ia evoluir! :)
Em dado momento da consulta, ele me chamou até o computador dele e começou a me mostrar um monte de fotos de vulvas... fotos mesmo, reais... achei muuuito constrangedor, mas tudo bem, era "científico" (hahaha)! Eu tinha que identificar as coisas nas fotos, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, etc... e depois tinha que observar como existem tipos diferentes de coisinhas... rs Eu já sabia que existiam tipos diferentes, que nenhuma era igual a outra, mas gente! Tinha cada uma! hahaha Fiquei meio chocada e ao mesmo tempo feliz pq a minha é das mais bonitinhas! rs
Depois disso, ele me passou a "lição de casa" da semana:
  • ler dois capítulos do super livro
  • fazer o relaxamento I três vezes
  • fazer massagem com o marido com creme (antes era sem nada)
  • fazer massagem com o marido com óleo
  • fazer uma observação das "partes" (rs) com um espelhinho
  • fazer uma descoberta das "partes" pelo toque

Olha quanta coisa! Fiquei tão feliz! Tô evoluindo!!

Bom, o negócio é ter fé e não parar de se esforçar, né?

Bjs!

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Como comecei na terapia

É importante começar dizendo que eu detesto terapia. Há algum tempo, eu me achava muito nervosa, muito irritada com as pessoas e como sempre fui uma pessoa boa (rs), resolvi me consultar com um psicólogo pra ver se deixava de ter ataques de pessoa má (rs). O que aconteceu é que eu detestava ir até a psicóloga e ficar falando, falando e falando sobre mim. A minha impressão é que aquilo não estava levando a lugar algum e que pra conversar, eu preferia conversar com uma amiga com quem eu tenho mais intimidade.
Eu relutei muito pra procurar um psicólogo pra tratar do meu vaginismo. Mas cheguei num momento em que eu estava muito cansada de tentar e não conseguir. Poxa, passado mais de um ano de casamento e nada? Comecei a pensar que num tinha mais jeito de me curar. Aí me joguei novamente nas buscas por soluções na internet. Li em zilhões de sites que não é possível curar o vaginismo sem tratar de sua causa com um psicólogo. Procurei que procurei até que encontrei o site muito interessente e decidi ir me consultar com este terapeuta.
Não gostaria de falar o nome dele, porque às vezes eu fico tão furiosa com as sessões e tudo mais e quero poder falar mal dele com toda a liberdade! rs E se eu tiver falado o nome dele aqui, publicamente, vou me sentir mal "difamando" o coitado... rs
Então, liguei, agendei e fui na primeira consulta (no finalzinho de dezembro). Depois de toda a conversa, finalmente alguém olhou nos meus olhos e disse: "não há dúvida alguma que o seu caso é um caso de vaginismo". Sabe eu precisava saber com certeza o que eu tinha, precisa ter certeza que não era realmente só uma falta de relaxamento ou coisa do gênero.
Aí veio a parte mais difícil: ele me falou sobre o valor do tratamento. Eu havia perguntado isso desde a primeira ligação, mas ele me enrolou, me enrolou e só me disse ao final da primeira consulta. Eu já estava decidida em me tratar, mas nunca imaginei que gastaria R$ 1mil por mês! Achei um absurdo e falei pra ele que tinha que pensar, conversar com meu marido, fazer as contas... Acabei renegociando o valor com ele e consegui um desconto considerável. Estou lutando com o meu plano de saúde tb, pra ver se consigo reembolsar pelo menos parte do valor pago pelas consultas. Se eu conseguir, devo gastar em torno de R$ 200 ou R$ 300 por mês. Já melhorou, né?
Outra coisa que me assustou bastante foi o fato de não ter a mínima idéia sobre a duração do tratamento. O terapeuta não quis me dizer pq, segundo ele, isso pode me levar a construir expectativas que, talvez, possam me decepcionar, aquelas coisas de psicólogo... Procurei na internet e soube que o tratamento demora de 6 meses a 1 ano, em média. Já pensou gastar R$12mil no tratamento? Valei-me Deus...
Na primeira consulta do tratamento (primeira semana de janeiro), conseguimos já descobrir todas aquelas coisas que eu coloquei no post "Diagnóstico do Terapeuta", só que, desde então, não vejo muita evolução. Tudo o que eu falo, praticamente, vem com aquele desfecho triunfal dizendo "percebe como vc ainda é a filhinha da mamãe?" ou "percebe como vc fala de algo muito sofrido e sorri?". Ok, percebo e agora? Vamos evoluiiiiir!! Essa demora realmente está me consumindo muito...
Uma coisa que é legal do tratamento foi um livro que ele me indicou pra ler, chama-se "Descobrindo o Prazer". Na verdade, há um foco bem grande em como obter o orgasmo (pelo menos nos primeiros capítulos), mas no fundo, no fundo, trabalha tudo o que envolve o nosso problema.
O chato é que o terapeuta não me deixa fazer os exercícios, ele diz que não é o momento, que eu devo esperar chegar o momento... Só que os exercícios são tão legais, gradativos mesmo, sabe? Primeiro é pra vc escrever sua história sexual, respondendo a umas perguntas lá, depois é pra vc se autoexaminar, conhecer seu corpo em detalhes, depois tem uns exercícios de relaxamento, os exercícios de Kegel, massagens com o parceiro e coisa e tal.
Ele só me "autorizou" a fazer as massagens com o parceiro (e cheias de regras, inclusive) e um dos exercícios de relaxamento. Estou pensando seriamente em "desobedecer" e fazer os outros exercícios, que vocês acham?
Na terapia, eu só posso ler dois capítulos por semana e pulando os exercícios. No livro, ele vai te explicando qual o ritmo, por exemplo: "pratique por pelo menos uma semana, passe para o próximo capítulo apenas quando estiver a vontade com os exercícios deste, respeite o seu tempo", acho bem legal esse livro!
Mas, voltando, o que vcs acham de eu fazer os exercícios do livro por minha conta? Será que irá interferir nas evoluções da terapia?
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Detalhes que eu esqueci

Bom dia, meninas? Como vão na luta?
Eu esqueci de contar algumas coisas no tópico "como tudo começou". Então vou contar agora.
No começo do casamento, eu me cobrava muuuito sobre o fato de não conseguir ter uma vida sexual normal. De quando em quando eu me preparava, eu me perfumava, eu me enchia de coragem e quando chegava na hora eu não conseguia de novo.
Eu literalmente me defendia do meu marido, eu não tinha controle algum sobre o fechamento das minhas pernas, sem querer eu ia deslizando cama acima até bater a cabeça na cabeceira da cama. Ele dizia pra eu parar de me defender, que eu não tinha motivo pra ter medo dele, que ele me amava e que não ia me fazer mal nenhum e eu dizia tudo isso pra mim mesma, mas parece que "eu" não acreditava e continuava me defendendo, e suava, e sentia coceira, e sentia vontade de ir ao banheiro... E no final, como eu não conseguia, eu chorava de soluçar.
Bom, cada vez que íamos ter uma relação era esse o cenário: expectativa, tensão, sofrimento, decepção e sensação de fracasso.
Meu marido também sofria muito com tudo isso, ele ficava muito decepcionado com o fato de não conseguirmos, mas eu sentia o sofrimento dele quando eu chorava e me desesperava.
Aí, teve um dia em que eu decidi mudar. Sexo pra mim era um suplício e, de repente, eu entendi que não precisava ser assim. Sexo poderia e tinha que ser um prazer!! Foi aí que as coisas começaram a caminhar melhor. Nós fazíamos uma tentativa, se não dava, a gente mudava o foco e se divertia de outra forma. Ou então, se eu via que estava muito tensa, mudava a ordem das coisas, fazíamos mais preliminares, nos divertíamos mais com outras coisas, até que eu estivesse mais e mais relaxada pra tentar uma penetração e era uma penetração limitada até o nível em que eu não sentisse dor.
Com isso, eu voltei a ter prazer no sexo. E não estou falando de orgasmo, viu? Porque orgasmo eu sempre tinha com facilidade. Falo do prazer de pensar em fazer sexo, consegui dissociar de uma vez o sexo daquela apreensão, daquele medo de falhar, comecei a me relacionar com o meu marido por puro prazer e não com fixação na penetração.
Nossa vida sexual melhorou muito a partir daí. Foi desde essa ação que eu comecei a evoluir, a permitir uma penetração gradativamente maior e SEMPRE prazerosa. Foi assim que eu conheci meus primeiros orgasmos com a penetração... De verdade, esse mês de janeiro foi um passo muito grande na minha vida, mas ainda não estou 100% por isso decidi procurar o terapeuta...
No próximo post eu conto sobre a terapia!
Bjs
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Matéria muito interessante

Meninas! Vejam essa matéria: http://www.vaginismus-awareness-network.org/equivocos_vaginismo.html Achei muito interessante pois mostra um monte de coisas que pensamos ser verdade e que na verdade não passam de mitos! Bjs
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Como tudo começou

Bom, na verdade, eu sempre fui assim.
Quando era adolescente, tinha bastante dificuldade de colocar um OB (tampão), mas sinceramente, eu achava que isso fosse normal, que todas as virgens tivessem a mesma dificuldade que eu, então nunca fui encanada. Tinha lá uma posição em que era mais fácil, eu sempre usava essa posição e tudo bem.
Quando comecei a namorar, demoramos um pouco para tentar pela primeira vez, eu não me lembro exatamente como foi, mas sei que não conseguimos, porque durante todo o namoro nunca conseguimos de verdade. Nessa época eu era tão "fechada" que não entrava nada mesmo, se ele estivesse fazendo sexo oral em mim e tentasse colocar a língua ou um dedo, por exemplo, eu já sentia um incômodo terrível e às vezes até cortava todo o tesão.
Fui algumas vezes ao ginecologista de sempre e ele sempre me dizia a mesma coisa: a primeira vez é mais difícil, então fica tranquila, relaxa, usa um lubrificante, vai dar tudo certo.
Não deu tudo certo, nem uma vez se quer.
O namoro acabou, depois, por outros motivos. Digamos que foi uma incompatibilidade generalizada, rs, ele era muito ciumento e eu, como ele dizia, "simpática demais". :S
Tempos depois, comecei a namorar meu marido. Depois de três meses juntos, falei pra ele que era virgem, ele ficou surpreso, pq eu já era bem "velhinha" (tinha 23 anos), mas tudo bem. Tentamos diversas vezes e nunca conseguimos a penetração. Ele falou pra eu procurar o ginecologista e eu fui, de novo, no mesmo de sempre. E ele me disse o mesmo de sempre: a primeira vez é mais difícil, então fica tranquila, relaxa, usa esse lubrificante aqui, vai dar tudo certo.
Não deu certo. Mas meu então namorado e eu estávamos dispostos a esperar pelo casamento. Na realidade, eu achava que quando casasse, tudo iria mudar. Eu achava que era travada porque tinha medo de engravidar, porque não queria decepcionar meus pais e essa coisa toda.
Antes de casar, fui novamente ao médico, fazer alguns exames a título de pré-nupcial, desta vez, fui com meu marido (então noivo), explicamos tudo como era, contamos que ele tinha ouvido no rádio a respeito do vaginismo, mas o médico disse que não era nada daquilo e me receitou um lubrificante novamente. Casei e na lua de mel, também não deu certo. Resolvi então ir a um novo ginecologista. Ele me examinou, disse que estava tudo bem comigo e que, ao que tudo indicava, eu tinha mesmo vaginismo.
Ele me prescreveu uma série de exames, me deu um creme manipulado para "massagem" e me disse para ficar calma que tinha cura, que faríamos alguns exercícios e que tudo se resolveria. Nunca mais voltei nesse médico, sei que isso é ridículo, mas o fato é que fiquei com medo de ir a um laboratório para fazer o tal papanicolau e a ultrassom endovaginal.
Enquanto isso, eu fazia exercícios sozinha, na intenção de me curar sem precisar ir a um médico. Evolui sim, já conseguia colocar um e dois dedos e já conseguia ser penetrada "pela metade", mas chegava num ponto em que não ia mais. Além disso, era sempre a mesmíssima posição, se mudasse, não dava certo.
Foi então que, no começo desse ano, resolvi procurar algum outro tratamento. Procurei várias informações na internet e encontrei o site do terapeuta que estou hoje, marquei uma consulta e comecei a me tratar.
No próximo post, contarei como funciona o tratamento.
Bjs
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