segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Papanicolau - UPDATED

Oi, gente!
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Hoje vou à gineco pela primeira vez depois que eu me curei do vaginismo. Ela tinha me dito que era pra eu esperar uns 6 meses depois de conseguir uma penetração completa para aí sim procurá-la novamente pra que a gente pudesse fazer o preventivo.
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Como já faz 9 meses que eu sarei, marquei a médica pra poder fazer todos os exames necessários. Acontece que eu tô com um mediiiinhooo do preventivo... será que vai dar tudo certo? Depois conto pra vocês como foi!
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Bjs
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Update
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Genteeeeee. Eu não poderia deixar de vir aqui e contar pra vocês como foi! Mesmo depois de horas enfrentando um trânsito terrível causado por uma chuva de lascar, cá estou eu no computador, cheia de energia pra conversar com vcs!
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Bom, vou do começo. Cheguei lá no consultório da médica e fiquei pensando que espécie de pessoa que volta a um consultório no qual, da última vez, ficou esperando 5 horas pra ser atendida! Tava me sentindo uma imbecil, idiota, eu deveria ter marcado outro médico, né? E o q? A consulta dela aumentou o preço? Fiz o cheque. Depois fiquei pensando em pegar o cheque de volta e sair fora dali. Depois de um certo tempo de luta interior, percebi que aquilo era só mais um jeito que meu inconsciente tinha encontrado de fugir do medo que eu tava do exame! Bom, resisti e fiquei lá firme!
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Dormi de esperar, quando de repente:
Atendente: Daniela?
Eu: Zzzzzzzz
Atendente: Daniela...?
Eu: Oi? Hein? Oq?
Atendente: Pode subir!
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Subi e quando chego lá em cima, quem eu vejo? Uma assistente da médica. Uma daquelas que da última vez me perguntou 100 vezes pq eu não ia fazer o tal do papanicolau (:S). Vamos a conversa:
Assistente: Olá, Daniela, tudo bem?
Eu: Sim.
Assistente: Você já fez o papanicolau esse ano? (essa pergunta de novo?)
Eu: Sim (mentiiiiiraaaa)
Assistente: Alguma queixa?
Eu: Minha menstruação tá maluca (essa é verdade, mas nós sabemos que não foi o que me motivou a ir até lá, né? mas foi a melhor resposta q eu arrumei naquela hora)
Assistente: Deixa eu dar uma olhada na sua ficha pra ver se a Dra. vai querer te examinar.
Eu: ... (ai, não, ela vai ler a minha ficha, ela vai ler a minha ficha)
Assistente: Bom, nem vou pedir pra vc se trocar, deixa a Dra. decidir (ela leu que eu tinha VAGINISMO, certeza, se num leu na ficha, leu na minha testa! rs)
Eu: ...
Assistente: A Dra. já vem, tá? Só mais um minutinho.
Eu: ... (nem conseguia falar nada, ai q vergonhazinha...)
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Daí, veio a médica e falei pra ela que já tinha resolvido meu problema, que isso foi logo depois da nossa última consulta (em fevereiro) e que eu esperei uns meses conforme ela orientou e que agora eu tava lá pra ver se rolava de fazer o exame. Daí ela perguntou se eu tava tranquila e como eu disse que sim (e o medo? engoli e disfarcei, pra mim mesma), fomos pros trâmites.
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Daí ela perguntou sobre o meu trabalho, ficamos falando de política, corrupção e inspeção veicular (kkk), tudo pra me distrair. Daí sentei na maca com as pernas bem fechadinhas (rs), ela examinou meus seios e pediu pra eu colocar os pés naqueles negócios e colocar o quadril mais pra frente, mais pra frente, Dani, mais pra frente, Dani, isso. Aí ela falou que ia examinar só por fora, pra eu ficar tranquila, daí ela disse q ia introduzir o espéculo e que eu sentiria um incomodozinho, mandou eu fazer uma forcinha pra baixo, disse um "isso", aí me disse que quando colhesse eu tb sentiria. Senti o espéculo abrir um tantinho, aí deu uma gasturinha na portinha e eu fechei os olhos pra aguentar, daí quando fui pedir a Deus que tudo acabasse logo, tudo já tinha acabado! Ela já tinha colhido! E tudo que eu senti foi a gasturinha na portinha e o medo! Mas dor mesmo, num teve nenhuma, nenhuminha, nenhumazinha!
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Adivinhem qual foi a primeira coisa que eu falei pra Dra quando tudo acabou? Eu preciso escrever isso no blogggg! As meninas não vão acreditar como isso é fácil e indolor! hahaha
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Agora ela me deu um pedido pra fazer vulvoscopia com biópsia e uma ultra-som transvaginal. Se eu tô com medo? Claro, né? hahahaha Mas tô com fé que vai dar tudo certo e depois venho aqui contar pra vcs, tá? Tô tão feliz! Parece que esse ano de 2010 vai mesmo ser o fim de todos esses meus "probleminhas"! Que demais! :D
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Bjs, queridas e obrigada por me acompanhar!
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

História da Daniela

Oi, gente querida!
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Desculpem o desaparecimento, tá? É que ontem foi a prova de proficiência de inglês do mestrado e sabem como é, né? Eu fico meio louca e descompensada com isso...
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Bom, hoje eu vou publicar mais um depoimento de cura (ai que máximo!) e, pra aproveitar o ritmo, vou inaugurar um "contador de curas" (ideia do meu amorzinho) aqui do lado direito do blog, logo abaixo do "quem sou eu". Daí, toda vez que alguém me disser que está curada, eu vou somar mais uma cura no nosso contador, pra vocês terem ideia de quanta gente já passou por esse problema e superou, o que acham?
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Bom, vamos a história da minha amiga Dani, um caso de vaginismo secundário que, depois de muita luta, se resolveu! Vejam como foi:
"Tenho 28 anos, sou casada há 9 anos e por 8 anos sofri com o vaginismo. Por muitas vezes chorei, me senti humilhada, rebaixada, diminuída, praticamente vi a minha autoestima voar para bem longe de mim. Na verdade tentei muitos tratamentos psicológicos que pelo despreparo dos profissionais sempre foram falhos... eu me negava a acreditar que tinha problemas na "cabeça", pois amo meu marido, e nunca tive pudores ou qualquer tipo de culpa (o que os terapeutas tentam te empurrar), porém como durante muito tempo nossas relações eram sem penetração, o que me deixava infantilizada, não me sentia uma mulher e com isso o pânico de perder meu amado se enraizava nos meus pensamentos. Poxa vida, por muito tempo eu tentei e nada, tudo começava bem, com carinho, tesão e eu achava que dessa vez ia dar certo, porém bastava eu me dar conta de que estava no momento da penetração que meu corpo se fechava como se gritasse um sonoro NÃO ao meu marido. Muito triste, muito triste, muito constrangedor, eu queria morrer!
Mas não foi sempre assim, nós tínhamos uma vida sexual muito boa, porém após uma infecção urinária a qual me levou ao hospital, minha mente associou a dor da infecção ao ato sexual. Na época eu não entendia, mas hoje sei que existe um mecanismo de adaptação na relação pênis x vagina onde a fricção pode gerar um desconforto na cavidade vaginal propiciando a infecção urinária, conforme explicou minha nefrologista. No meu caso tudo se resolve tomando, ao final de cada relação com penetração, um comprimido que protege a bexiga das possíveis bactérias. Não é o máximo??? Mas até eu descobrir...
Eu já não sabia mais o que fazer, as sessões de hipnose com a psicóloga não davam resultado e o meu ginecologista dá época afirmava que eu não tinha vaginismo, porque o pré-cancer eu fazia (sim fazia, mas doía muito). Foi então que eu disse para a minha psicóloga que iria procurar um cirurgião plástico para ver se tinha como cortar algo fora (hoje me mato rindo desse dia, imagina só o que eu estava prestes a fazer). Cheguei em casa e fui buscar informações sobre vaginismo (o que eu já havia feito há muitos anos antes) e me deparei com os relatos do blog da Dani e sobre os dilatadores e fiquei muito motivada a tentar. No dia 12 de agosto desse ano, eu escrevi para a Dani que me orientou a comprar os dilatadores e assumir a frente dessa batalha. Meu marido deu o maior apoio. Encomendei os dilatadores por um site que compra direto dos EUA, paguei uns R$400,00, mas valem cada centavo.
Chegaram em menos de 15 dias e logo os inaugurei, comecei bem lentamente, o primeiro tamanho era como colocar o meu dedo mindinho, não tive resistência, claro que senti um leve ardor, mas quanto mais eu o introduzia e o movimentava, mais fácil era e assim foi com os demais tamanhos, eu ficava aproximadamente uma semana com cada tamanho e depois partia para o próximo. Faço os exercícios umas 3x por semana após o banho e com muito lubrificante. Parei no quinto tamanho, pois logo tentei a penetração com o meu marido e aos poucos foi dando certo. Ainda não estou 100%, mas uns 85% (risos).
Espero que meu relato sirva para que quem, momentaneamente, está com VAGINISMO siga em frente, lute e não tenha medo, a dor é suportável quando acreditamos que vai dar certo. Sei que meu caso é mais fácil por ser um vaginismo de segundo grau, mas eu teria a mesma garra se fosse um de primeiro grau. É muito bom fazer amor com o marido e não sentir dor....isso existe....acredite!!!
Sejam sinceras com seus amados para que eles lhe deem total apoio e suporte, se isso não ocorrer, ou se o retorno for apenas cobrança e indiretas maldosas, sugiro rever seu apego a este amado, pois seu maior apego deve ser a VOCÊ mesma. Se ame mais que tudo e acredite nos dilatadores, pois na falta de marido eles estarão lá.
Um super abraço e espero ter ajudado.
Dani"

Espero que sirva pra incentivar ainda mais vocês!

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Bjs a todas! Volto logo!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Comentários de posts antigos

Bom dia, pessoal! (tem meninos por aqui... rs)
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Este post é relâmpago mais uma vez, pois estou dando prioridade para as pessoas que me mandaram e-mails há muito tempo. Que trabalhão que dá responder todo mundo! Ufa!
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Bom, é só pra avisar aqueles que comentaram posts antigos que eu já respondi todos os comentários, ok? Podem conferir!
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Agora vou me dedicar a responder os demais e-mails (de 100 só tenho 30! =D) e na semana que vem já vai ter um post novo que estou preparando e mais uma novidade no blog que foi idéia do meu marido e leitor! (P.S.: Te amo, amorzinho!)
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Se eu ainda não respondi o seu e-mail, espera só mais um pouquinho que eu já vou conseguir, tá?
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Bjs
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sinal de Vida!

Oi, meninas!
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Hoje estou aqui voando só pra dizer pra vcs que estou viva, que está tudo bem e que eu não desisti da empreitada do blog!
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Acontece que a vida da gente é louca mesmo, né? E de repente surgem coisas inadiáveis!
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A viagem foi maravilhosa (depois conto mais detalhes), eu amei muito tudo, aconteceu um monte de coisa engraçada tb, foi o máximo!
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Acontece que logo que cheguei ao Brasil, descobri que o edital para a seleção do mestrado que eu quero fazer estava aberto, aí tive que fazer a inscrição no mesmo dia, e tinha 7 livros pra ler em 20 dias pra fazer a prova dissertativa!
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E olhem a loucura: fiz a prova, acho que fui bem, mas a segunda etapa consiste na entrega do projeto da tese, e adivinhem se eu tenho? Não! Eu ainda não fiz! E tenho uma semana pra fazer! Ou seja, tô sem tempo pra nada!
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Assim que eu conseguir, vou responder os emails, tá? Tenham só mais um pouquinho de paciência comigo...
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Bjs a todas!
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Dani
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Projeto Afrodite

Bom dia, meninas!
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Apareceu uma coisa super legal aqui no blog que eu adorei! :D Eu que as meninas publicaram sobre isso no blog delas tb, mas vai que tem alguém que só visita aqui, né? Então resolvi colocar essa informação, mesmo sendo um pouquinho "ultrapassada"! hehe
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Para as meninas que moram em São Paulo, parece que agora há uma alternativa para o vaginismo e de graça!!!
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O Projeto Afrodite é do Hospital Paulista de Medicina e trata várias "disfunções" sexuais, não somente o vaginismo. Segundo a fisioterapeuta, quem estiver interessada no tratamento deve entrar em contato com o Ambulatório por telefone, passar por duas aulas sobre sexualidade, depois avaliação e tratamento com ginecologistas, psicólogos e fisioterapeutas, dependendo do caso.
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Por enquanto eu ainda não conheço pessoalmente o projeto, mas achei a idéia muito interessante e assim que voltar de viagem vou entrar em contato e ir até lá conhecer o trabalho... quem sabe eu tb posso ajudar por lá?? :)
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Bom, para as meninas que puderem e quiserem ir conhecer, eu acho muito legal. Quem for e depois puder voltar aqui e deixar um comentário, seria ótimo!
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Olhem os dados:
Ambulatório de Sexualidade
Rua Embaú, 66 - Vila Clementino
Fone: 5549-6174
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Para quem quiser ver o comentário que a fisioterapeuta deixou aqui, é só acessar o primeiro post do blog, aqui.
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A história da Ana

Olá, pessoal!
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Hoje é a inauguração do que eu espero ser uma série de posts que trarão as histórias de cura das meninas com as quais me correspondo! Todas as que me contam que conseguiram vencer o vaginismo são convidadas a vir aqui e contar um pouco como foi a sua história. Assim, eu espero incentivar as que ainda não conseguiram a continuar lutando e mostrar pra vcs que existem muitas formas de se curar...
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Bom, vamos lá, essa aqui é a história da Ana:
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"Sempre tive uma educação muito conservadora com relação ao sexo. Virgindade era uma coisa muito importante e deveria ser mantida até o casamento.

Mas com o passar do tempo percebi que isso não era tão significante para mim como era para os meus pais. Dessa forma, com 22 anos tive meu primeiro namorado mais sério e as oportunidades de uma relação mais íntima apareceram. Tivemos algumas tentativas e a penetração parecia impossível... mas acreditava que por ser virgem era assim mesmo. Infelizmente meu namorado não pensou assim e terminou comigo 5 meses depois, falando que estava muito frustrado, que não poderia viver sem sexo. Fiquei muito triste, mas achava que no final não deu certo por falta de vontade e insistência dele. Pensava: vai dar certo com o próximo.

Meses depois conheci o Renato, meu último namorado. Ele era muito apaixonado por mim e sabia que com ele daria super certo. Mera ilusão... Tentamos várias vezes no início do namoro e nada.... O sexo começou a se tornar uma coisa horrível para mim!! Todas as vezes que o Renato tentava eu ficava apavorada, porque já sabia onde aquilo iria dar!! Brigamos milhões de vezes... Ele era impaciente, queria muito. Ele tentava ser compreensivo, mas via que ele estava no limite já. Namoramos nessa situação durante 3 anos até que recebi uma proposta de emprego para mudar de país.

Fiquei super feliz porque sempre quis ter essa experiência internacional. Mas também foi uma forma de eu fugir do problema que eu ainda não sabia que era o VAGINISMO.

Ficamos separados durante 9 meses, ele no Brasil e eu trabalhando nos Estados Unidos. Não foi fácil levar o relacionamento à distância, começaram as desconfianças, brigas e aquele encantamento que tínhamos no início foi acabando. Pra tentar salvar a relação, ele decidiu ir para os Estados Unidos e ficar comigo 6 meses, estudando inglês e passeando. E foi a pior coisa que aconteceu....

A distância esfriou muito nosso namoro e assim que ele chegou percebi que tínhamos até perdido o desejo um pelo outro. Mas ainda assim achei que valia a pena tentar, ele era meu melhor amigo e realmente achava que ainda o amava. Conversamos profundamente sobre nosso relacionamento e cheguei à conclusão que o sexo era super importante e precisava resolver esse problema, não dava mais para adiar. Lembro que pensava: "agora que eu resolvi , eu vou conseguir!!!" Como se fosse a coisa mais simples e fácil do mundo... Nem imaginava que poderia ser um bloqueio psicológico. E foi péssimo, comecei a tentar a penetração a qualquer custo e todas as vezes era uma grande decepção. Chorava, sofria, não conseguia dormir, até o ponto de começar a atrapalhar o meu desempenho no trabalho. Foi quando eu tomei a decisão de procurar ajuda. Contei tudo o que estava acontecendo a minha melhor amiga e ela me sugeriu procurar um terapeuta, porque tinha certeza que era algo psicológico. Por trabalhar há muitos anos na área médica, sabia da existência do vaginismo, mas demorou muito tempo para eu admitir a mim mesma que tinha esse problema.

Resolvi então procurar um especialista em hipnose, fiz isso porque uma colega de trabalho havia feito um curso sobre os grandes benefícios da hipnoterapia e achei que poderia ajudar. Ao mesmo tempo, procurando mais detalhes do vaginismo na internet, encontrei o site da Dani e mandei um e-mail. Na mesma hora ela me respondeu e me deu muitas dicas. Uma delas foi comprar os dilatadores. Meu namorado iria voltar ao Brasil em 1 mês e eu estava decidida que iria resolver tudo isso antes de ele ir embora.

Marquei minha consulta com uma hipnoterapeuta super famosa aqui nos Estados Unidos e por e-mail expliquei sobre o vaginismo e ela disse que com certeza poderia me ajudar. A sessão de hipnose foi fantástica, no mesmo dia me senti leve, positiva, como se tudo fosse se resolver. Minha terapeuta me explicou que todos esses sentimentos que nos bloqueiam a fazer certas atividades, como viajar de avião, usar elevador, ter medo de escuro e mesmo o vaginismo, não nascem conosco. Devido a algumas frustrações ou situações negativas que passamos, criamos um bloqueio com relação a determinadas atividades. Meu bloqueio aconteceu por meus pais sempre me falarem que sexo era uma coisa proibida antes do casamento, que as mulheres que o antecipavam eram pervertidas, as piores do mundo.

Depois de duas sessões de hipnose, me sentia extremamente confiante. Praticava todos os dias com os dilatadores até eu me sentir confortável com o maior deles. Conversava sempre com a Dani, ela me tirava dúvidas, me dava apoio e me incentivava. Após 16 dias da minha primeira sessão de hipnose, resolvi tentar a penetração. Primeiro coloquei o dilatador maior e depois o pênis do meu namorado! E tudo foi perfeito!!! Consegui finalmente!!! Lembro como se fosse hoje eu chorando porque tinha atingido meu objetivo, a coisa mais difícil que já tinha feito na vida! Foi ótimo! Animei-me tanto que praticava com meu namorado todos os dias. No início ainda era uma coisa mecânica, mas depois comecei a sentir prazer de verdade.

Dias depois ele voltou para o Brasil e decidimos colocar um fim no nosso relacionamento. Não nos amávamos mais, mesmo sendo uma mulher sexualmente ativa!! Finalmente!!

Faz exatamente 2 meses e meio que não sou mais vagínica e me sinto extremamente feliz.... Com o sexo comecei a me sentir mais feminina, vaidosa, mais igual a todas as mulheres. Hoje estou pronta para começar um novo relacionamento e tenho certeza que serei muito feliz...

Meu recado a todas vocês é que não desistam nunca.... O Vaginismo é apenas uma vírgula em nossas vidas, não deixe que ele as atrapalhe de serem felizes. Treinem muito, sejam muito obstinadas porque, uma vez que vocês consigam resolver essa pequena vírgula, saberão como é bom se sentir uma pessoa completa!!

Lutem sempre e boa sorte!"

Muito obrigada, minha querida! Adorei ter a sua história aqui no blog e tenho certeza que as leitoras tb vão adorar!
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Bjs a todas!
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

FAQ - Frequently Asked Questions

Como vivo dizendo por aqui, recebo muitos emails de muitas meninas que estão enfrentando o vaginismo. As histórias são parecidas, mas cada uma de vcs é uma pessoa especial e tem suas próprias características. Muitas aparecem uma vez e depois somem, muitas outras se tornam minhas amigas para sempre e eu gosto muito disso! :D
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Como já disse em outros posts, há muitos emails para responder e as histórias são longas. Não reclamo não, gosto muito de ajudar vocês e acho necessário que vcs escrevam bastante da sua história pra que eu possa entender e dar opiniões mais relevantes. Por outro lado, sendo bem sincera com vcs (não me achem chata, aposto que vcs achariam o mesmo no meu lugar), eu me canso um pouco de perguntas sobre mim. Pq eu tenho que contar pra todo mundo a mesma coisa, sabe? Daí, ao invés de ajudar a pessoa com o problema dela, fico falando do meu... e escrever sempre a mesma coisa pra todo mundo é muito maçante...
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Daí eu pensei: oras, mas eu sou mesmo uma preguiçosa, né? Como as pessoas vão saber das coisas se não me perguntarem? Esse tipo de coisa que elas perguntam, realmente não está no blog! Aí que piscou a lampadinha dentro do meu cérebro e surgiu a brilhante idéia de criar um Frequently Asked Questions (o tal FAQ, que nada mais é do que uma compilação das perguntas mais frequentes) que todo site chique tem (meu blog, pelo menos pra mim, tá na categoria de sites chiques! hahaha).
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Então, eu fiz um "estudo" e descobri as perguntas que mais recebo por email, são elas:
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Bom, essas são só as mais comuns, se você tiver mais dúvidas, pode mandar no meu email sim, assim que der eu respondo e se ela passar a ser muito perguntada, vai ser promovida aqui pro meu FAQ! :D
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Boa sorte a todas e não desistam nunca de se curar, hein? Quero ver todo mundo aqui curada quando eu voltar! (hehehe)
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Bjs
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Dani
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Férias!!

Meninas! Tenho uma novidade super legal!
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Agora em setembro vou tirar férias de 40 dias com o maridão! E aí vc pergunta: "mas 40 dias? o máximo não é 30??" É, né, gente! Mas acontece que eu sou muito maquiavélica e calculei tudo muito bem! (kkk) Vou sair de férias no dia 08/09 (quarta-feira depois do feriado de 07/09) e aí teria que voltar no dia 08/10, mas já combinei com a chefe e fiz umas horas extras adiantadas pra ela me dar esse dia. Então... o último dia que eu trabalho é 03/09 e voltar só no dia 13/10, depois do outro feriado! Ou seja, tô toda linda emendando meus 30 dias de férias em dois feriados! Uhuuullll
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Bom, a melhor parte é que eu vou fazer uma super viagem nessas férias! Pela primeira vez na minha vida eu vou viajar pra fora do país! Pois é, nós estamos economizando há um tempão pra ir pra Europa!! Vamos conhecer 10 países de mochilão... dormindo em albergue, em trem... comendo a comida que puder pagar... hehehe Ai, ai, ai, tô tão ansiosa!
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Então, tô contando isso tudo pra vcs por dois motivos: primeiro pra dividir minha alegria (:D) e segundo pra que vcs saibam que eu vou desaparecer por 30 dias! É isso mesmo, pessoal, preparem-se pois durante esse tempo eu não responderei um emailzinho se quer! Pro blog não ficar às moscas, estou (há algum tempo) preparando posts programados que vão aparecer aqui toda semana, assim vocês não ficam tão sozinhas, né? Ah! E vê se comenta, assim vcs vão trocando experiências entre si, enquanto eu não estou aqui, ok?
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Bom, é isso aí, pessoal! Desejem-me boa viagem e fiquem atentas aos posts programados, tem muita coisa legal por vir!
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Bjs
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dessensibilização ao Pênis

Bom dia, pessoal! Voltei! :)
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O post de hoje é em homenagem a minha querida R., mas serve pra todas vocês que estão em tratamento, viu?
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É o seguinte: quando a gente começa a fazer terapia, em geral, o psico fala pra gente suspender as tentativas de penetração com o namorado/marido com o intuito de desassociar o ato sexual de um momento aflitivo e não prazeroso. Quer dizer, quando a gente tem vaginismo, a gente não consegue a penetração e, por isso, a cada tentativa, ficamos mais frustradas e decepcionadas, até que um dia ir pra cama com a pessoa amada passa a ser um momento de desespero e não de prazer.
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Quando meu terapeuta me disse isso, eu achei um grande absurdo, confesso. Mas hoje eu vejo claramente que ele tinha razão. Muitas meninas que me procuram insistem em tentar a penetração a cada passo. Quer dizer, conseguiu o dedo, já vai lá e tenta o pênis. Conseguiu o OB, vai lá e tenta o pênis. Pra algumas pouquíssimas pessoas, esse esquema é benéfico, mas para a esmagadora maioria não é. A maior parte das meninas regride um monte a cada vez que não consegue ser penetrada pelo companheiro, a sensação de incapacidade toma conta dela e faz com que ela não consiga mais o que já conseguia...
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Por outro lado, quando o terapeuta diz que é pra não tentar a penetração, em momento algum ele quer dizer que não é pra vc namorar seu amor. Você pode e DEVE namorar sim, e muito. Os beijos, as carícias, a masturbação a dois, o sexo oral são coisas importantíssimas pra manter a intimidade entre o casal. Sem essa intimidade é muito mais difícil superar o vaginismo. Meu terapeuta até indicava umas massagens a dois pra aumentar a intimidade entre a gente e foi muito legal e importante na minha caminhada.
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Outra coisa que eu vejo de muito importante (que é o tema do post de hj) é o medo que todas nós vagínicas temos da figura do nosso homem na hora do ato sexual. Deixa eu explicar: o nosso cérebro já está tão acostumado com aquele cenário de filme de terror, que ao menor sinal de que a cena vai começar, já começa a apresentar os sintomas de medo. Quer dizer, depois de tanta tentativa frustrada, de tanta dor e sofrimento, o movimento do seu parceiro vindo por cima de vc, a visão do pênis ereto e a aproximação dele do seu corpo já te faz se retrair toda.
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Meu conselho em relação a isso, não é embasado em nada que eu li ou que eu ouvi do meu terapeuta ou de qualquer outra pessoa. Essa "dessensibilização ao pênis" é algo que eu e meu marido entendemos que seria necessário pra minha cura (e foi mesmo muito importante) e a cada dia vejo em vcs que me escrevem a necessidade desse procedimento tão simples (e muito gostosinho, por sinal, hehe).
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Bom, vou explicar aqui pra vcs como funciona, esse dias expliquei pra minha amiga A. e ela achou muita graça no meu palavreado, mas mesmo assim não pouparei vocês dos detalhes "sórdidos" pq acredito que são de extrema importância! hahahaha
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Primeiro de tudo, você vai ter que explicar o plano pro seu namorado/marido (ah! a comunicação entre o casal é muito importante tb, viu? mas isso é assunto pra outro post!). Vc precisa combinar com ele que, aconteça o que acontecer durante o namorinho, ele não vai tentar te penetrar! Faz ele jurar de pé junto (kkk) que não vai tentar nada, nem que pareça muito que vc vai deixar, nem que vc dê todos os sinais indicativos que ele pode tentar, ele NÃO pode tentar. Feito isso, acabou o stress, certo? Vcs vão namorar e se divertir sem compromisso de penetração e isso está combinado e sacramentado, então não precisa ter medo de nada. Aí beleza, vocês vão namorar, capricham muito nas preliminares, carícias, masturbação, sexo oral, tudo que vcs quiserem e tiverem com vontade. No meio da diversão toda, vc vai fazer o exercício, que consiste em encostar a cabeça do pênis dele bem na entrada da sua vagina. Aí vc vai se acariciar com o pênis dele, aí beija mais, mão aqui, mão ali (hahaha), aí vai de novo, coloca a cabeça do pênis dele na entradinha, aí vc faz uma forcinha de leve com o quadril, como se fosse deixar entrar, dá uma reboladinha (rs, nessa parte que a A. deu risada! hahaha). Aí no final da brincadeira, vcs se satisfazem como fazem sempre (que pode ser sexo oral, masturbação...)
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O importante é vc ter prazer com essa brincadeira e fazer dela um hábito, quer dizer, toda a vez que vc for namorar, vc vai colocar sua vagina pra conversar com o pênis dele. E aí vai ter um momento em que isso vai se tornar natural e gostoso pra vc. Comigo tinha até uma coisa lúdica, uma brincadeirinha entre a gente, eu dizia pro meu marido assim: "vai coloca ele pra falar com ela da portinha de casa, vai que ela convida ele pra entrar..." hahaha E assim foi, até que um dia, numa dessas, entrou um poquinho de nada, depois mais um poquinho e eu conseguia ter penetrações parciais. Depois dos exercícios com os dilatadores, eu não tive nenhuma dificuldade para tentar com o de verdade, pq eu não tinha mais medo nenhum dele, eu me sentia bem com o ato e não tinha mais aquelas reações de fuga (tipo fechar as pernas, ficar subindo na cama...).
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Bom, o post ficou assustadoramente grande, mas achei necessário! Espero que possa ajudar a todas a recuperar o prazer de ter sexo com o namorado/marido e a perder o medo do pênis (ele é bonzinho... rs)
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Bjs, queridas!
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hoje não dá

Meu cachorro morreu... Como pode um serzinho desses ser tão importante nas nossas vidas?
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Ele já não estava bem e ontem foi ao veterinário. Bastou chegar lá pra ter um infarto sem volta. Recebi a notícia aqui no trabalho e foi então que senti como se tivesse engolido um elevador, com aquele nó subindo e descendo a minha garganta. Não gosto de chorar no trabalho, então me controlei o máximo que pude o dia todo.
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Tinha tantos problemas urgentes pra resolver durante o dia, que mesmo depois de sair daqui, não tive tempo pra chorar (existe isso?), não tive tempo pra sentir o que eu tava sentindo, não tive tempo de sofrer. Só fui conseguir isso lá pela 1h da manhã, depois de tomar banho e deitar na cama e então chorei, chorei, solucei e sofri, pq eu não levei ele no veterinário um dia antes? Teria bastado... (será?)
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Pensei que depois de finalmente desabafar (ou desabar) eu ficaria mais leve, sabe? Mas não estou nada leve, estou pesada, com o coração arrastando no chão... Parece que nada tem graça, meu mundo inteiro de uma hora pra outra ficou profundamente triste.
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Eu sei que tudo isso vai passar. Eu sei que foi bom pra ele pq ele já tava muito velhinho. Eu sei que ele está num lugar melhor e sem dor. Eu sei que eu tinha que agradecer pelos anos que passamos juntos. Eu sei de tudo isso. Mas dói muito e eu acho que eu tenho o direito de sentir essa dor, afinal dos meus 28 anos, 14 ele estava comigo, meia vida minha é muito tempo pra virar a página assim.
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Em resumo, uma pessoa num momento tão cinza como o que eu estou vivendo, não é capaz de escrever nada pra ajudar/animar/estimular ninguém, né? Por isso, essa semana não haverá post.
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Desculpem...
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Vou ver se consigo responder alguns e-mails, ok? Se não, também vai ficar pra semana que vem... Sinto muito...
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E rezem pra que o meu cachorrinho seja feliz lá no céu dos cachorros...
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu contei!

Bom dia, meninas!
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Então, muita gente me pergunta se meu nome é Daniela mesmo. Quando eu digo que sim, a pessoa acaba pensando que como eu criei um blog com meu nome de verdade, todas as pessoas do meu mundo real sabem do meu problema, mas não é bem assim. Eu criei esse e-mail exclusivamente para criar o blog, então, a menos que eu conte pra alguém ou que algum conhecido meu esteja investigando minha vida na internet, não há nenhuma forma de alguém que eu conheço pessoalmente descobrir sobre o meu vaginismo.
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Meu marido acha que eu não deveria ter vergonha de contar isso a ninguém e esses dias uma amiguinha virtual (a S.) me perguntou pq eu não contei nem pras minhas amigas. Revirando minhas lembranças, eu consegui descobrir o porquê. Há bastante tempo (quase 1o anos), eu tinha acabado de começar a namorar meu primeiro namorado de levar em casa, sabe? Aí uma prima minha perguntou se eu já tinha transado com ele e eu disse que não pq doía muito e eu não conseguia, aí ela me deu dicas sobre posição, lubrificante e aquelas coisas que funcionam com gente "normal" e não servem pra nada pra gente. Quando contei isso pro meu namorado da época, ele ficou muito bravo, ele não queria que eu contasse pra ninguém que a gente não conseguia transar, ele tinha vergonha disso, sabe? Era como se de alguma forma, o fato de não conseguir transar ferisse a masculinidade dele. Como eu conheci ele na escola, todas as minhas amigas eram amigas dele tb, então eu não podia contar pra ninguém...
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Pois é, esse acontecimento com o ex foi tão forte que eu nunca mais contei nada pra ninguém, nem quando terminamos o namoro. Aí um belo dia (faz um ano, acho), eu queria porque queria desabonar o meu ginecologista pras minhas cunhadas (hahaha). É que eu achava um absurdo ele não conseguir diagnosticar meu problema por 10 anos e não queria que mais ninguém no mundo fosse naquele médico. Só que elas queriam que eu desse um motivo pra elas não irem mais lá, aí eu falei do vaginismo, bem por cima assim, como se não impedisse a penetração, só dificultasse por causa da dor. Bom, no fim elas se convenceram de que ele é um péssimo médico! hehehe
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Aí, esse final de semana, uma das minhas cunhadas me perguntou se eu tinha resolvido o problema e eu resolvi contar que sim e explicar como era. Contei tudo (o sofrimento, a terapia, os exercícios, tudo tudo) e ela concluiu que eu me casei virgem e que nem lua de mel num tive... sabe, foi tão legal poder contar pra alguém do meu mundo real... eu me senti tão "de verdade", sabe? Como se pela primeira vez eu pudesse ser eu mesma, sem fingir que era algo que não era... foi muito bom! :D
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Conversando com ela, eu cheguei a várias conclusões que nunca tinha pensando antes. Sabe, uma mulher quando supera o vaginismo tem muito mais domínio e propriedade sobre o seu sexo. Se eu faço sexo normalmente hoje, é porque eu conquistei isso, eu lutei por isso e eu quis isso mais do que tudo na minha vida. É muito diferente de uma mulher que facilmente conseguiu permitir a entrada de um pênis de um garoto aos seus 14 anos, porque as amigas faziam e sem ter muita certeza do que queria. Nós não. Nós temos certeza do que queremos e lutamos muito pra conquistar o direito de fazer sexo, por isso o nosso sexo é muito mais nosso, muito mais por opção do que qualquer outra mulher.
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Muita gente pensa que a mulher com vaginismo não consegue transar porque não quer e a situação é completamente ao contrário. A gente quer sim. A gente quer muito. A diferença é que pra conseguir isso, a gente tem que lutar. E lutar contra uma coisa que a gente nem sabe o que é, de onde vem, e porque acontece...
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Bom, amigas, continuem lutando! Um dia eu tenho certeza que vcs estarão aqui dando um testemunho da sua conquista! Tô esperando, hein? rs
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Bjs
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Comentem!

Oi, meninas!
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Eu escrevo posts com tanto amor e carinho pra vcs... Algumas me mandam emails, depois de ler o post, falando sobre o tema, dizendo que também sentem, que também acham importante, que pra elas ajudou, que isso e aquilo... Mas seria tão mais enriquecedor pra todo mundo se esse comentário fosse colocado aqui no blog, vcs não acham? Aí todas as meninas que leram o post e acharam tudo besteira, iam pensar: "é, mas se tem mais essa meia dúzia de meninas que concorda, devo considerar melhor...", num é?
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Então resolvi aderir ao movimento:

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Achei esse selinho num site chamado blog das gurias, não sei se foi ela que fez, mas de qualquer forma, como não fui eu, tenho que dar os créditos, né? hehehe

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E aí? Se animou a comentar mais? :D

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Bjs

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Dani

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Guia para Autoexploração - Linda Vallins

Bom dia, meninas!
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Tenho que agradecer a R. pelo post de hoje, afinal, foi ela que selecionou essa parte do livro como sendo de suma importância na recuperação dela, ela que transcreveu e tudo, eu só tô fazendo a preguiçosa e colando aqui! (hahaha - querida R, eu fiz algumas pequenas mudanças, ok?) Espero que ajude, viu? Ah! E quem tiver sugestão de post, pode mandar pro meu email!
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O que vem a seguir é um guia para autoexploração e foi criado pela autora (Linda Vallins) com a ajuda do Dr. Prudence Tunnadine, diretor científico do Instituto de Medicina Psicossexual de Londres.
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- Escolha um lugar quieto, onde você possa ficar segura e relaxada. Descubra uma posição que permita que sua área pélvica fique relaxada e aberta (agachada é melhor). Ache sua abertura vaginal com os dedos, de forma que você possa ver claramente (use um espelho, se desejar). Pergunte a si mesma como se sente. Se você achar alguma etapa difícil, pare e pergunte: "Por que é difícil?". Se você estiver assustada para prosseguir, não force e tente não se sentir mal com relação a suas ansiedades. Talvez você possa tentar outra vez amanhã.
. - Se, por outro lado, você prosseguir, toque a entrada da vagina delicadamente e depois pressione o dedo para dentro da abertura. Não aparecerá um orifício até você pressionar o dedo para dentro. Lembre-se: a vagina é um espaço potencial. Se os músculos imediatamente entrarem em espasmo, descanse. Um pouco de lubrificação pode ajudar. Você consegue continuar? Se não consegue, neste ponto tente "ficar" com o espasmo. Às vezes, contrair de propósito e depois empurrar pra baixo ajuda a relaxar a musculatura. Se você estiver ansiosa demais, pare e tente outra vez, noutro dia.
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- Se você puder continuar, tente empurrar o dedo pra dentro e segurar um pouco, como se estivesse puxando alguma coisa para fora da vagina. Deixe a ponta do dedo lá por alguns minutos, para acostumar-se com a sensação. Você sentiu desconforto até aqui? Se sentiu, tente imaginar o que o poderia estar causando.
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- Conscientemente tente contrair mais os músculos, de forma que possa sentir, com o dedo, que eles estão sob seu controle. Seu dedo escorregará para dentro à medida que os músculos forem se abrindo. Saiba que estes músculos estão sob seu controle. Meia polegada agora será o suficiente. Como se sente? Pratique a contração e o relaxamento da musculatura.
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- Parabéns, se você chegou até aqui, está indo muito bem.
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- Agora que você atingiu este estágio, já deve ser fácil inserir o dedo com rapidez. Sinta como o interior da vagina é elástico. Você se sente ansiosa? Pode imaginar por quê? Se, neste estágio, você se sentir assustada e for incapaz de continuar, tente não se sentir vencida. A natureza do vaginismo pode fazer você querer lutar e conseguir sozinha, e sentir desespero e vergonha se não puder fazê-lo. Tente conversar sobre estes sentimentos com um terapeuta ou com um ginecologista compreensivo (ou com uma amiga, tipo eu! :D)
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Fonte: VALINS, Linda. Quando o corpo da mulher diz não ao sexo. Compreendendo e superando o vaginismo. Rio de Janeiro: Imago, 1994, pp. 215-216.
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Bom, se essas dicas funcionarem pra você, você pode tentar avançar, colocando primeiro dois dedos, depois três...
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Tomara que este post ajude vocês, queridas! E em breve eu voltarei com mais trechos interessantes desse livro, ok?
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Bjs
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terça-feira, 20 de julho de 2010

O exercício do espelhinho

Olá, meninas!
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Cá estou eu pra cumprir minha promessa da postagem semanal! Tem muitas coisas que eu quero dizer aqui e eu fiquei matutando sobre o que eu iria escrever afinal.
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Foi então que me lembrei, que pra maioria das meninas que me procuram pedindo ajuda, eu sempre sugiro o exercício do espelhinho. Sabe, a maioria de nós vagínicas é super culta e bem informada a respeito do corpo das "mulheres em geral", mas o que nós sabemos a respeito do nosso corpo? A gente sempre tem aquela sensação de que não somos normais, pq se fôssemos a coisa aconteceria de maneira bem fácil, mas pq não vamos lá e olhamos pra ver se não somos mesmo normais?
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Me lembro de quando o terapeuta me perguntou se eu já havia me observado com um espelho. Eu disse que sim, e já havia mesmo, mas foi há uns 10 anos, quando minha professora de anatomia disse que isso era importante. Eu não tinha nenhuma ferramenta, nenhum roteiro pra me observar, mas fui lá com o espelhinho até o banheiro, olhei, olhei e pronto. Falei isso pra ele e ele achou que eu deveria repetir o exercício, dessa vez olhando uma figura do livro, tentando identificar as estruturas.
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Confesso que me senti uma menina de 15 anos que não se conhecia e tinha que passar por uma situação ridícula daquelas. Mas oras, até quando eu ia continuar escondendo de mim mesma que eu realmente era essa menina de 15 anos que não se conhecia? Mesmo não tendo essa consciência na época, fui lá e fiz o exercício de exploração e fiquei feliz por ser normalzinha como a pessoa da figura e por realmente ter um buraco lá embaixo.
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Acho que esse exercício é importante pra todas nós. Acho que o primeiro passo pra superar o vaginismo é entender e acreditar que temos um corpo normal. Muitas vezes ouvimos isso de ginecologistas, mas não é a mesma coisa de descobrirmos isso por nós mesmas, não acham? Bom, vou colocar aqui pra vcs uma figura que pode auxiliar nessa autodescoberta. Eu encontrei essa figura no google, não é em português, mas tem ajudado várias meninas que me procuram. Olhem só:

Mons pubis = Monte púbico
Labia majora = Grandes lábios
Labia minora = Pequenos lábios
Clitoris = Clitóris
Urethral opening = Abertura da uretra
Vagina = Vagina
Anus = Anus
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Observe atentamente essa figura, e depois parta pro seu autoexame. Tome um banho pra relaxar, procure um lugar tranquilo, pegue um espelhinho e observe sua vagina, tentando identificar as estruturas que estão no desenho. É muito importante ressaltar que a abertura vaginal não é grandona como aparece no desenho, ela é bem menor (até a minha que já tá "usada" - hahahaha - é bem menor), então vc pode ter alguma dificuldade em identificá-la. Se vc tiver essa dificuldade, eu tenho uma dica: basta vc, enquanto se observa com o espelhinho, separar bem os grandes lábios com seus dedos (indicador e médio) e fazer uma forcinha pra baixo e pra fora (como se fosse fazer número 2) e depois soltar. Aí vc observa a danadinha e vê que ela dá uma mexidinha de leve, uma abridinha e uma fechadinha. É um movimento discreto, mas convence a gente de que o buraco existe! hahaha
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Há meninas que ficam muito ansiosas ao fazer esse exercício, o que foi o caso de uma amiguinha minha de troca de emails, a R. Ela me sugeriu o trecho de um livro (lembram daquele livro que eu não queria dar o nome pra vcs nem pensar? hehehe) que a ajudou muito a superar isso. É um texto muito interessante pq diferente do meu post de hoje, ele propõe, além da observação, a introdução do dedo como forma de autodescoberta... Amanhã eu vou publicar esse trecho, ok? (certo, amanhã não é dia de postagem, mas dessa vez é uma situação especial, né?)
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Bjs a todas!
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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Novos Planos

Bom dia, meninas!
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Tenho andado muito sumida, né? Pois é... essa quantidade de emails tem me matado de susto, de preguiça, de tudo! hehehe Além disso, tem tanta coisa que eu quero escrever aqui no blog, mas nunca dá tempo! Gasto toda a minha energia nas respostas aos emails, aí quando penso no blog, já estou mental e emocionalmente esgotada!
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Aí tava aqui pensando com meus botões e acabei por descobrir (ainda bem!) que sou um ser humano normal, que tenho um monte de outras coisas pra fazer, então não dá pra ser mágica e responder tudo com um prazo de cinco minutos, né?
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Feita essa constatação, decidi por um novo processo. Explico: a partir dessa semana, eu farei um post semanal aqui no blog, sempre às segundas ou terças; enquanto isso, as quartas ou quintas ficam reservadas para responder os emails...
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Então, a partir de hoje, gostaria que vcs se acostumassem (e se possível entendessem meus motivos) a receber minhas respostas somente uma vez por semana, pode ser? Não vou abandonar ngm, vou continuar respondendo a todas e ajudando como posso, porém num ritmo um pouco mais saudável pra mim! :D
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Acho que assim minha ansiedade (e às vezes até desespero) vai diminuir um pouco em relação aos emails e, ao mesmo tempo, não deixo o blog abandonado, né? O que vcs acham?
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Bjs
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terça-feira, 22 de junho de 2010

A importância da fantasia

Muitas meninas me perguntam o que fazer pra ter mais desejo sexual, reclamam que os maridos/namorados procuram-nas muito mais do que elas desejam, etc e tal. Daí fiquei pensando muito sobre esse assunto e sobre tudo o que eu tenho escrito como resposta aos emails que me perguntam isso e cheguei a várias conclusões que reuni aqui neste post. Pra mim, o segredo do desejo é a fantasia sexual!
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Fantasiar é uma coisa muito mais importante do que a gente pode imaginar... vc já ouviu falar que os homens têm mais desejo sexual do que as mulheres? Isso por quê? Por causa da fantasia... homem fantasia com tudo que vê: se aparece uma colega de trabalho com um decotinho maior, já tá ele imaginando ela sem a tal blusa decotada, se passa uma mulher muito perfumada perto dele, já vai ele pensar em como seria sentir esse perfume direto no pescoço dela, enquanto agarra ela pela cintura e lálálá. Aí quando ele chega em casa e vê vc cheirosinha depois do banho, ele quer mais é cair matando mesmo! kkk
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Nós, mulheres, temos uma falsa idéia de que fantasiar é feio, é pecado, é traição, mas num é nada disso! E se a gente fosse condenar nossos maridos/namorador por cada fantasia? Não ia dar tempo de nada, viveríamos bringando! rs Além disso, eles fantasiam, fantasiam por aí, e na hora de praticar vem pra gente, né? É isso que importa! =D
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Ok, é ruim pensar que seu marido pensa em outras mulheres sexualmente? Eu entendo. Então pensemos só em nós mesmas e na nossa capacidade de fantasiar. Se for desagradável e desconfortável pra vc fantasiar com o melhor amigo do seu marido, o que é totalmente compreensível (kkk), vc pode tentar um desconhecido! Oras, marido nenhum ligaria de saber que vc tem umas fantasias com o Brad Pitt, né? E que tal o Cristiano Ronaldo, já que estamos em época de copa? :)
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Tá, seu marido/namorado é ciumento demais e ia querer pegar um avião e ir até a África do Sul pra matar o Cristiano Ronaldo? rs Então é só não contar pra ele! :P Fantasia sexual é uma coisa muito pessoal, que vc pode fazer sem ngm ver e sem ngm saber! Tá, então é vc que não se sente bem fantasiando com alguém que não é seu parceiro? Tudo bem, fantasia com ele mesmo! Cria cenários, figurinos, posições... isso vai ter um mega impacto na sua vida! Vcs sabiam que há pesquisas que indicam que quanto mais as mulheres fantasiam, maiores são suas sensações eróticas e mais potentes seus orgasmos? (óia! :D)
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Se a mulher fantasia durante o dia, essa fantasia funciona como que uma preparação para o corpo e para a mente em relação ao sexo e assim a gente chega mais aquecida na hora do ato propriamente dito e aí o maridão/namorado não precisa se acabar nas preliminares pra deixar a gente no ponto, muitas vezes a gente já chega em casa tinindo! hehehe Aumenta o desejo, aumenta a lubrificação, além de nos dar idéias sobre coisas novas a fazer, a tentar... é bom em vários sentidos!
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Se vc não está acostumada a fantasiar, tudo bem, mas sinceramente acho que sempre tem a primeira vez e que hoje é um dia perfeito pra tentar, não acha? hehe Tá, no começo vc pode se sentir estranha, mas depois tenho certeza que vc vai pegar gosto pela coisa! Vc pode fantasiar durante o dia, enquanto não está fazendo nada, ou durante a masturbação, ou ainda durante o ato sexual em si. Vc pode fantasiar com seu marido/namorado, com um conhecido, com um desconhecido, ou até com uma pessoa do mesmo sexo! Fantasia não tem limite! O limite é o seu gosto, vc fantasia com quem vc admira, deseja e tudo mais... Além disso, fantasia não precisa ser algo que vc quer realmente realizar, pode ser algo que nunca mais saia da sua imaginação...
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Vejam as fantasias mais comuns entre as mulheres (achei nesse site aqui):
  • Realizar práticas sexuais que nunca seriam capazes de fazer na vida real (28% das mulheres têm essa fantasia)
  • Fazer sexo com um estranho (uma em cada 5 mulheres fantasia desse modo)
  • Fantasiar que são obrigadas a fazer sexo com conhecidos ou desconhecidos (19%)
  • Fazer sexo com mais de uma pessoa do sexo oposto (18%)
  • Ter relações sexuais com alguém do mesmo sexo (11%)
  • Obrigar alguém a ter relações sexuais sem seu consentimento ou com consentimento forçado (3%)

Acho que aquela minha fantasia de transar pendurada no lustre (lembram?) se encaixa no primeiro item, né? hahaha

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Vejam nesse site um quadro que resume um estudo feito com universitários a respeito das fantasias sexuais mais comuns.

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Vejam também alguns depoimentos de fantasias sexuais, neste outro site aqui.

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Algumas fantasias podem soar meio absurdas ou bizarras demais pra vcs, mas tudo bem, cada um tem a sua fantasia, né? Não vamos julgar ninguém...
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Bom, mas e aí? Depois de ler tantas coisas sobre o assunto, vocês se animaram? Vamos praticar bastante a fantasia e aumentar nosso desejo a cada dia! A vida sexual vai melhorar e o marido/namorado vai notar e adorar! =D
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Bjs
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Dani
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sábado, 12 de junho de 2010

Descobri que tenho vaginismo e pensei em fazer uma cirurgia de retirada de hímen, você acha que vai resolver meu problema?

Essa é uma pergunta que mostra mesmo o desespero da pessoa com vaginismo. Eu entendo que tem um momento na nossa vida em que a gente já está cansada de tentar conseguir pelas vias comuns e a gente quer mesmo resolver isso de outra forma, do tipo: com pomada anestésica, com bebida, com calmante, com cirurgia... Qualquer coisa! A gente num quer nem saber do nosso prazer, a gente quer é arrumar uma forma de não perder o namorado/marido!
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Infelizmente, até o momento não inventaram uma maneira de resolver o vaginismo de um dia para outro. Nenhuma dessas alternativas que eu expus pode dar algum resultado e basta a gente entender o vaginismo para ter isso claro.
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Olha, vc tem um corpo absolutamente normal mas, por algum motivo (que não é físico), você não consegue permitir a penetração. Oras, se o motivo que impede a penetração não é físico, como isso poderia ser resolvido com um procedimento cirúrgico?
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Há casos sim em que a menina tem o chamado "hímen impenetrável", mas nesses casos ela nem menstrua! Pq como o hímem não pode ser penetrado, a menstruação fica presa lá dentro... Ou seja, vc menstrua? Então pronto, amiga, tem um buraco aí e se por ele sai sangue é perfeitamente possível que entre alguma coisa.
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Em casos de hímen impenetrável, realmente a cirurgia é a solução. Pq vai lá, tira a pele que impedia a penetração e pronto acabou, pode colocar o que quiser lá dentro. Agora se não for o caso, não vai adiantar nada...
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Veja bem, vc vai lá faz uma cirurgia e retira o hímem, aí depois da recuperação (que eu não sei como é, mas deve ter), vc vai tentar namorar teu parceiro, aí o que acontece? Sua vagina se fecha e o pênis não entra! E pq? Pq o motivo que inconscientemente te impedia de permitir a penetração continua lá escondido no fundo do seu cérebro e cirurgia nenhuma vai tirar ele de lá, né?
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Então, nem pense em fazer uma cirurgia dessas! E, se seu ginecologista sugerir isso, procure uma segunda opinião!
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Bjs
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Post criado e publicado em data aleatória para atender ao post principal do FAQ (Frequently Asked Questions). Se você chegou aqui por outro meio, ou quer voltar ao post principal, clique aqui.

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Tenho vaginismo, mas quero ter um bebê, será que eu consigo?

Bom, meninas, esse é um assunto polêmico demais pra mim!
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Confesso que fico um tanto irritada quando as pessoas me perguntam isso, pq tenho opiniões muito fortes ligadas ao assunto. Poderia explicar minhas opiniões aqui, mas não vou fazê-lo. Estou esperando uma amiguinha virtual que tem experiência nesse assunto e me prometeu escrever um texto sobre isso (né, C.? tô esperando... rs).
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Respondendo a pergunta objetivamente: sim, vc pode ter um bebê mesmo sendo vagínica. O vaginismo impede que vc seja penetrada, mas é possível engravidar se o seu namorado/marido ejacular bem na entrada da sua vagina e o sêmem escorrer lá pra dentro. Uma vez que vc não tem nenhum problema físico, só o vaginismo que é psicológico, seu corpo produz os óvulos que, em contato com os espermatozóides do seu parceiro, podem virar bebês!
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A questão é: vc quer colocar mais uma pessoa no meio dessa relação que já tem problemas por causa do vaginismo? Vamos discutir melhor sobre isso, assim que minha amiga escrever o post, tá? Cenas dos próximos capítulos... rs
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Agora que vc se curou do vaginismo, vc tem uma vida sexual normal? Não sente mais dor? Faz sexo em todas as posições?

Então, eu acho que tenho uma vida sexual normal sim. Digo "acho" pq infelizmente o vaginismo ainda me assombra um pouco. Às vezes ainda cruza meu pensamento um medinho de ficar muito tempo sem fazer e não conseguir novamente.
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Sinceramente eu não sei de onde vem esse medo e eu posso garantir que, pelo menos por enquanto, o vaginismo não voltou na minha vida e, ao que tudo indica, ele não vai voltar! Teve até uma semana que eu fiquei sem namorar o marido (tava brava com ele... :P) e mesmo depois desse tempo, tudo estava funcionando normalmente... rs
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Olha que curioso: teve um dia que eu tive a idéia de tentar usar o dilatador azul (o maior), depois de muito tempo, só pra ver como eu tava (tipo um teste de conhecimentos, hahaha) E vcs acreditam que foi bem difícil de colocar e que incomodou? Olha que coisa! Com o do marido tá tudo ok, tudo tranquilo e com o de mentira, que um dia fora meu melhor amigo, não funcionou muito bem! Acabei descobrindo que agora eu gosto de sexo com meu marido e toda a minha motivação com o brinquedinho já era...
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Bom, o pessoal me pergunta se eu faço todas as posições. Sinceramente, por enquanto ainda sou conservadora nesse assunto. De verdade, eu não tenho vontade de fazer muitas posições diferentes... eu gosto bastante de posições em que eu posso beijar meu marido e ter um contato grande com ele, então essas coisas de transar de 4 e em posições malabarísticas ainda não me atraem... Mas quando eu cair na rotina com minhas duas ou três posições queridas (hihihi), aí sim, farei outras. O importante é dizer que eu não acho que vou ter dor em nenhuma posição, estou bem confiante! :D
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Então, pessoal, quando a gente supera o vaginismo, a gente supera MESMO. Aí é só ir praticando pra descobrir o que vc mais gosta de fazer, o que mais te dá prazer e tudo mais...
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Como seu marido reagiu e lidou com o seu vaginismo?

Meu marido é uma pessoa muito compreensiva e paciente. Aliás, como diria o meu terapeuta, namorados/maridos de vagínicas sempre têm esse perfil, o que é uma obviedade tremenda, né? Se eles não fossem paciente, já teriam desistido de nos esperar.
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Acontece que paciência tem limite e há dias em que nossos companheiros não podem aguentar a frustração de não ter sexo com a gente e então eles explodem. E por que eles falam coisas que não deveriam pra gente? Simplesmente pq eles não têm ninguém com quem falar sobre isso. Se você que é vc não conta pra ngm, vc acha que ele conta?
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Sabe, eu acho que no fundo, no fundo, o homem da mulher com vaginismo tem uma vergonha profunda disso. De alguma forma ele pensa que se não faz sexo com sua namorada/mulher é pq é incompetente nessa matéria. Pq não a estimula direito, pq não dá segurança a ela, pq não é mais ousado na hora do "vamo-vê".
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Meu ex-namorado tinha certeza absoluta que quando a gente se separasse e eu arrumasse outro, eu daria pra ele em menos de 3 meses (era esse o linguajar). E eu ficava ali sem saber o que responder, pq na verdade não sabia se ele estava certo, só sabia que o que eu mais queria era ser uma mulher completa, para ele e para mim, mas eu não conseguia...
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Meu marido tb teve seus momentos de dizer besteiras pra mim. E, apesar de eu ser uma pessoa no geral desmemoriada, há uma coisa que eu jamais esqueço e de vez em quando digo isso pra ele, como piada, só pra relembrar que sofremos por um mal inexistente. Ele dizia pra mim que os meus problemas eram 2, o primeiro era que eu não tinha nenhuma resistência à dor, e que sexo dói mesmo, então ficava difícil. A segunda e a que mais me doía era que eu não gostava de sexo. Segundo a teoria dele, há pessoas que gostam de sexo e pessoas que não e eu era uma pessoa que não.
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Depois que meu marido conversou com o psico e ele disse que o perfil dele que mantinha minha condição, ele deu uma despirocada e começou a querer me dar prazos e me pressionar pra ver se eu me mexia, mas não adiantava nada... eu precisava encontrar o MEU tempo, sabe?
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Por muito tempo, eu sofri com essas afirmações, pq elas pareciam mesmo fazer muito sentido e isso me maltratava profundamente. Agora, com o problema solucionado, eu vejo que era tudo besteira, era tudo coisa da cabeça de quem não entende nada de vaginismo (desculpa, meu bem, vc não entendia e eu tb não... estávamos juntos nessa! rs). Hoje o sexo é bom, é sem dor e eu GOSTO! hehehe
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Sabe, por mais compreensivo que seu namorado/marido seja, vai ter vezes em que ele te dirá coisas que vão te machucar. Às vezes isso pode acontecer só pra tentar te ajudar, ou mesmo na tentativa de te dar um choque e um empurrão bem forte pra ver se vc toma uma atitude.
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O que vc precisa ter em mente nessas horas é que seu amor não sabe nada sobre vaginismo e isso não é culpa dele. Olha, vamos analisar juntas, vc tem vaginismo, certo? E mesmo sendo portadora dessa "coisa", tem bilhões de dúvidas a respeito dela. Quando vc vai a um médico que estudou anos pra isso, ele tb não sabe o que é e como tratar. Às vezes vc vai num psicólogo, que deveria ser especialista em minhocas de cabeça, e ele tb não sabe te ajudar. Agora, pensa comigo, como uma pessoa que nem tem vagina, vai entender o vaginismo? hahahaha
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Ou seja, sempre que teu namorado/marido falar alguma besteira, pensa quão incapaz que ele é de entender uma coisa tão complexa, releva e perdoa. Se ele for muito agressivo, converse com ele, explique que vc não entende muito bem e que a única coisa que vc queria é que ele te apoiasse, pq nesse momento é o que vc mais precisa. Dê coisas pra ele ler sobre (sites ou os nosso blogs), assim mesmo que ele não entenda bem, quem sabe com um pouco mais de informação, ele possa ver que existem muito mais mulheres com as mesmas características que vc por aí, e isso pode parecer uma pista de que o que vc sente não é frescura!
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Bjs e boa sorte com seus parceiros!
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Você ainda faz terapia? Como eram suas consultas?

Não. Eu não faço mais terapia. Eu parei assim que obtive sucesso na penetração. Não que eu quisesse parar, acho que queria continuar um pouco, até ficar bem confiante na minha capacidade. O problema foi que o terapeuta não gostou muito dessa minha "arte" de me exercitar com os dilatadores sem a autorização dele. O que aconteceu foi que eu recebi o kit bem na semana que teve um temporal aqui e eu não fui na terapia, aí na outra semana era feriado e eu não fui tb, então comecei a usar os dilatadores sem autorização mesmo e como deu muito certo, logo eu já quis praticar com o marido, né?
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Acho que por tudo que eu já tinha passado em relação ao vaginismo, eu já estava mais do que preparada para resolver o problema, mas o terapeuta não conseguiu enxergar isso e mesmo depois do meu sucesso, ele achava que eu tinha que parar de transar com meu marido e esperar, passar por todas as etapas do tratamento até que estivesse pronta. Mas veja bem: eu linda consegui o que eu sempre quis que era ser penetrada completamente e sem dor e agora ia ter que parar? Não fez sentido nenhum pra mim, por isso não havia como continuar a terapia.
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Bom, as consultas funcionavam assim:
- no começo, o psico pergunta um monte de coisas sobre nossa vida, família, como foi a infância e o que mais a gente quiser contar
- ele vai anotando tudo o que vc diz, vai te perguntando mais coisas e anotando, anotando
- de vez em quando ele resgata essas anotações pra nos lembrar de alguma coisa muito suspeita que a gente disse e não se lembra (rs)
- aí pode ser que ele te dê um questionário pra responder (ou vários) com perguntas sobre comportamentos sexuais (tipo se vc se masturba, se sente desejo, se tem fantasias, com que frequência e tals...)
- depois vem os exercícios, tipo se observar, fazer massagens, exercícios de relaxamento e depois os mais específicos tipo introduzir o dedo e objetos (tipo os dilatadores ou similares como velas, êmbolos de seringas e tals)

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Você já se curou? Como? Qto tempo demorou?

Sim, eu já me curei, tá escrito ali do ladinho, ó --------------------------->
hehehehe
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Fiz 4 meses de terapia e fiz exercícios com dilatadores por minha conta, pq o psico achava que ainda não estava nesse momento, quando consegui a penetração com o marido, conversei com o terapeuta e o maluco (rs) achou que eu deveria parar e voltar tudo pq eu ainda não estava pronta. Como eu não concordei (oras, eu já tinha conseguido, agora ia parar?), larguei a terapia!
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Apesar do que eu disse, de maneira nenhuma vc pode acreditar que eu curei meu vaginismo em apenas 4 meses. Eu tive vaginismo por 10 longos anos... e nesse grande período eu fui todos os tipos de vagínica. Aquela que não consegue colocar nenhum dedinho de nada. Depois a que não consegue colocar o OB. Depois a que tem vergonha de ficar nua na frente de alguém. Depois a que não pode ver o marido vindo pra cima que quer correr (haha). Depois a que chora, chora, chora e acha que nunca vai conseguir. Depois a que não quer nem mais tentar. Depois a que permite a chegada do pênis só na portinha. Depois a que permite a entrada de uma parte do pênis. Depois a que gosta da entrada dessa parte do pênis.
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Tudo isso aconteceu ao longo desses 10 anos e ANTES de decidir fazer a terapia e acabar com isso de uma vez por todas, então foram uma série de pequenos passos que me levou a cura, não foi só a terapia, não foram só os exercícios com os dilatadores, não foi só o amor e a dedicação do meu marido, não foi só minha vontade tremenda de vencer esse monstro, foi tudo isso junto!
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Você acha que posso curar meu vaginismo sem terapia?

Polêmico esse assunto! E perigoso tb!
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Bom, vou dizer o que eu sempre digo a todas e o que eu sinceramente acredito. Acho que o meio de cura do vaginismo depende de cada mulher. Acho que sim, a mulher pode curar seu vaginismo sem terapia dependendo de como é o seu vaginismo e de como é a mulher.
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Há pessoas que têm como causa de seu vaginismo uma questão psicológica muito forte e, muitas vezes, a mulher não tem nem idéia do que a motiva a ter essa reação de se fechar para o sexo. Nesses casos, eu acredito que a terapia (com psicólogo, sexólogo, psiquiatra, aí vai do gosto do freguês) é a única solução. Pq não adianta vc querer consertar uma coisa com um artifício físico (o exercício) sendo que o problema é psicológico.
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Aí vc pensa: "oras, mas é sempre psicológico, num é?" e eu digo: sim, vc tem razão, o vaginismo é sempre psicológico, mas pode ser que a causa seja apenas uma experiência que vc teve mal sucedida, uma lembrança que vc tem de uma amiga que disse que doía demais, uma infecção que vc teve e fez doer... Nesses casos, a única coisa que precisa ser feita é recuperar a confiança na própria capacidade sexual e isso pode ser facilmente obtido com o uso dos dilatadores. Vc tenta o primeiro, consegue, se convence de que é capaz, aí vai pro próximo, pro próximo e pro próximo, até entender que sua vagina realmente pode receber um pênis com segurança, aí pronto! E pra fazer isso não precisa de terapeuta... ou precisa? Aí vem o outro depende...
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Eu disse que dependia da raiz do problema e tb do tipo de mulher que vc é. O que eu quis dizer é que vc pode ser o tipo de mulher que se abala muito com os fracassos e que quando cai é difícil de levantar-se e nesse caso o apoio do terapeuta é fundamental. Veja bem, são muito raros os casos de mulheres que compram os dilatadores e conseguem inserir todos, gradativamente, sem nenhum retrocesso. Qualquer coisinha que acontece na sua vida pode te causar um retrocesso. Um problema na família, nos estudos, no trabalho pode deixar sua cabeça tão cheia que de uma hora pra outra, vc, que já estava no dilatador 4, agora não consegue nem colocar o dedo. Isso é muito comum e se vc não tem muita estabilidade emocional para lidar com isso, um terapeuta pode suprir essa sua carência.
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Um último fator que eu tenho que destacar e que é tb muito importante é a disciplina. Vc é o tipo de mulher disciplinada? Vc é o tipo de mulher determinada? Se for, vai se dar muito bem com os exercícios por conta própria, se não for, a coisa pode complicar. Com o terapeuta, vc tem a obrigação de fazer o exercício, simplesmente pelo fato que se vc não fizer vc vai voltar lá na semana seguinte e não vai ter nada pra contar, não vai evoluir e consequentemente vai jogar seu dinheiro fora (e no caso de terapia especializada, sabemos que não é pouco dinheiro!) Sozinha, vc vai encontrar mil desculpas pra não fazer o exercício:
  • hoje não dá pq estou menstruada
  • hoje não dá pq tá muito frio
  • hoje não dá pq não consegui ficar sozinha, meu marido chegou muito cedo
  • hoje não dá pq tô com cólica
  • hoje não dá pq tô com dor de cabeça
  • hoje não dá pq amanhã tenho prova
  • hoje não dá pq eu briguei com o meu namorado e aquele fdp não merece meu esforço (rs)

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Vê como há mil desculpas? É verdade que pra todas elas existe uma solução (eu, por exemplo, que sou do tipo determinada, fazia o exercício em todas as circunstâncias acima descritas e se vc quiser posso te justificar cada uma delas! hehe), mas se vc não é do tipo disciplinada e sim é do tipo que dá desculpas (vc não precisa admitir isso pra ngm, só pra vc mesma), não vai dar certo, certo? Então, procurar um psicólogo pode ser a melhor opção!

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No meu caso, mesmo sendo do tipo disciplinada, eu procurei um terapeuta. Ele não esteve comigo em todos os momentos, mas nos que eu precisei, ele foi mesmo muito precioso. Foi muito importante pra mim descobrir a causa do meu vaginismo (que aliás tava na minha cara, mas eu não pude ver sozinha) e hoje sou uma mulher completamente diferente e creio que essa mudança no meu jeito de me ver contribuiu muito pra minha cura. Ou seja, apesar de tudo o que eu disse, no meu caso valeu muito a pena! Então cabe a você decidir, dentro das suas possibilidades, o que fazer diante disso, né? Só não pode ficar parada! Bora tomar uma atitude, hein?

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Bjs

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Como devo fazer os exercícios com os dilatadores?

Essa é uma boa pergunta! Na verdade, não há uma receitinha, mas posso dizer como eu pratiquei e como as meninas com quem me correspondo têm praticado.
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É o seguinte: para fazer o exercício com os dilatadores é sempre bom estar bem relaxada, então vc pode tomar um banho relaxante ou praticar um exercício de relaxamento (como este aqui) antes de começar ou no meio do exercício se ver que ficou muito tensa e tá difícil de continuar.
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É importante também destacar que o exercício com os dilatadores só deve ser feito depois do exercício do espelhinho, pq pra colocar alguma coisa lá dentro é bom saber onde é o buraco e coisa e tal, né? Outra coisa: é sempre bom introduzir primeiro o seu dedinho na vagina pra conhecer bem como ela é, então, quando vc já estiver dominando bem a arte de colocar seu dedo, já tiver examinado tudo lá por dentro, aí sim é hora de partir pros dilatadores.
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Digamos então que vc já fez tudo isso que eu falei, está com os dilatadores aí na sua frente e não sabe por onde começar. Então, vou te contar: os exercícios podem ser feitos de duas maneiras: tecnicamente ou "prazeristicamente". Se vc decidir pelo tecnicamente vai ser bem mais rápido, mas pode não ser tão mais fácil. Se vc decidir pelo "prazeristicamente" pode ser mais difícil, vc pode se sentir um pouco boba por estar brincando com um pênis de mentira, mas pense que é tudo por uma boa causa.
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No caso de optar pelo prazer, vc precisa "se aquecer" com pensamentos, fotos, vídeos, estimulação manual do clitóris ou o que mais lhe apetecer. Depois disso, vc vai primeiro se exercitar com o seu dedo indicador como sempre fez, depois vc pega o dilatador mais fino, capricha na lubrificação (você pode usar aqueles lubrificantes comprados em farmácia, do tipo KY ou saliva mesmo se não tiver um desses, evite usar coisas que não foram feitas pra isso, tipo margarina, xampu, essas coisas... vai por mim, não dá certo!), aí vc vai tentar introduzir. Considerando que vc optou pela versão prazerosa do exercício, vc pode se estimular com o dilatador antes de tentar introduzi-lo, o que pode ser bem interessante pra aliviar a tensão em relação a ele.
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Então vc vai posicionar o dilatador na entrada da vagina e fazer uma leve pressão para dentro, se estiver indo bem, continue firmemente, se não estiver indo tão bem, vá devagar, respire fundo e se precisar, pare de tentar introduzir e use-o para estimular-se novamente.
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Bom, ok, digamos que vc conseguiu penetrar só uma parte e de repente emperrou, o que fazer? Vc vai deixar a parte que entrou lá dentro e esperar um pouco, respirar, se estimular um pouco mais se for preciso, ver mais fotos, mais vídeos, pensar mais umas sacanagens (hehehe), aí vc vai tirar ele e colocar de novo até a hora q doer outra vez. Vc vai repetir esse procedimento até entrar tudo, pq a cada vez que vc tirar e colocar novamente, a tendência é ele entrar um pouquinho a mais do que da última vez, certo?
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Depois dele todo lá dentro, vc vai tentar fazer movimentos com ele. Sempre com muito cuidado e carinho, vc vai tirar e colocar novamente, vai pegá-lo e fazer uma forcinha pro lado direito, uma forcinha pro lado esquerdo, uma forcinha pra trás e uma forcinha pra frente, aí vc vai fazer uma rotação prum lado e uma rotação pro outro. Vc pode repetir esses exercícios quantas vezes quiser e pode ficar com o dilatador dentro de si por um tempinho. O ideal é que vc continue o exercício até o momento em que vc não se sinta mais incomodada. Pode ser que vc não consiga isso no primeiro dia, mas não desista, nem se decepcione, se vc já fez tudo o que podia naquele dia, pare o exercício e retome no dia seguinte.
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Se vc achar que está ok praquele dia, vc pára e pronto; se achar que pode seguir e tentar com um próximo dilatador maior, pode tb. O que não adianta é vc querer passar prum próximo se se sentiu mal com o atual, aí não vai dar certo, portanto vá com calma, um passo de cada vez. Quando vc achar que está bem adaptada ao atual, vc pode passar para o próximo e seguir o mesmíssimo procedimento. A diferença é que vc vai sempre fazer o passo a passo: coloca o dedo, coloca o menor dilatador, coloca todos que vc está acostumada, aí então tenta o desafio. É importantíssimo demais fazer isso pra ir adaptando a vagina aos pouquinhos. Não é pq ontem vc conseguiu o número 3, por exemplo, que hj vc vai direto pro 4, vai com o dedo, vai com o 1, com o 2, com o 3 e só depois com o 4, entendido?
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Se você escolheu o modo técnico do exercício, vai fazer tudo igual, menos as partes em que vai se estimular e se excitar. Eu, particularmente, não aconselho, pq fica mais difícil introduzir algo quando a vagina não quer que isso aconteça. Se vc se excita, ela vai ter vontade e isso vai facilitar as coisas, mas a escolha é sua! ;)
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O importante é lubrificar MUITO e colocar com jeitinho. Se vc fez o exercício com o dedo, deve ter percebido que o canal vaginal não é retinho, perpendicular à entrada, vc percebeu que ele tem uma ligeira inclinação pra trás e essa inclinação deve ser levada em consideração na hora de introduzir alguma coisa (se vc não percebeu nada disso, faça o exercício com o dedo novamente prestando atenção nessa característica).
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Sobre a posição em que vc fará a penetração. Essa é uma questão muito particular. Há mulheres que gostam de fazer de cócoras, enquanto se observam no espelho. Há outras que preferem de pé, com as pernas quase fechadas (era meu caso, no começo). Tem mulheres que preferem deitada com as pernas pouco abertas, outras com as pernas bem abertas... Tem mulheres que preferem no banheiro ou na banheira (atenção à lubrificação nesses casos). No escuro, no claro... Há muitas formas, é legal vc tentar várias até encontrar a que lhe é mais confortável.
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Depois que vc já estiver praticando há algum tempo, vc pode tentar outras coisas, como colocar o dilatador numa cadeira e se sentar sobre ele, colocar e tirar várias vezes e bem rápido pra ir se adaptando aos movimentos que podem ocorrer na hora do sexo de verdade, aí vai da sua criatividade o que vc quiser experimentar. O exercício do dilatador é uma coisa sua e vc pode fazer da forma que quiser e tiver vontade.
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Há tb as mulheres que gostam de dividir esse momento com o companheiro. Se for o seu caso, tudo bem, acho até legal pra ver como é que vc reage em frente a ele, se vc permite que ele tente inserir... pode ser sim, mas acho sempre importante que vc pratique algumas vezes sozinha, é bom vc descobrir coisas sozinha, antes de dividi-las com ele, não acham?
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Bom, tomara que eu tenha esclarecido suas dúvidas, se não, pode perguntar aqui nos comentários que aí eu já respondo e todo mundo vê, ok?
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Bjs
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Como faço para adquirir os dilatadores?

Essa é a pergunta campeã de procura! Bom, vamos lá, antes de mais nada, eu não ganho um centavo indicando esse kit de dilatadores, viu? Aliás, se ganhasse, acho que já estaria cheia da grana, pq tá todo mundo comprando! hehehe
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Eu procurei muito por kits aqui no Brasil e não consegui encontrar. O que pode ser feito é montar seu próprio kit, aí vc tem que ir a um sexy shop (pessoalmente ou virtual) e escolher várias próteses, de vários tamanhos para poder funcionar como o kit (que vai evoluindo gradativamente desde uma grossura pouco maior do que uma caneta até o tamanho de um pênis de verdade). Algumas meninas já fizeram isso e deu muito certo.
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Fora do Brasil, há mais de um kit de dilatadores com o objetivo específico de curar o vaginismo. Um deles é o que eu tenho, então é sobre o qual eu posso falar. Eu gostei muito do produto, me ajudou demais e além disso ele é muito bonitinho! hehehe
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Para ver como é o kit, acesse aqui. Para comprá-lo, é preciso enviar um e-mail em inglês, contendo seus dados (nome completo e endereço) e solicitando o "dilator set" para uma vendedora chamada Krista (kkalkhoff@pureromance.com). Essa vendedora responderá o email assim que tiver o valor do kit para entrega em seu endereço. Aí é só enviar as informações de um cartão de crédito internacional para efetuar o pagamento (cerca de R$ 150). Aí é só esperar (tem gente que tem sorte e chega em 2 semanas, mas eu já vi demorar 3 meses). Quando chegar, vc ainda tem que pagar a taxa de importação (uns R$ 130). Tem gente que recebe o kit direto em casa e tem gente que tem que ir até os correios retirá-lo. O que vale dizer é que a caixa é bem discreta, ninguém jamais saberá o que tem lá dentro! rs
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Outro kit que eu encontrei na internet e achei interessante é esse aqui, mas sobre ele eu não tenho muitas informações, uma vez que não comprei. Se alguém por aí adquiriu este aqui e quiser dar sua opinião, sinta-se à vontade. Se alguém que estiver lendo, montou seu próprio kit aqui no Brasil e tb quiser dividir sua experiência, será muito útil!
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Bjs
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Será que o que eu tenho é vaginismo mesmo?

Muita gente me escreve e-mail pq achou meu blog no google quando estava procurando uma razão pra sua dor na hora de transar.
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Acontece que nem toda dor na hora de transar é sinônimo de vaginismo. Vaginismo é caracterizado por um fechamento da vagina, já que ocorre uma forte contração dos músculos de lá debaixo. Quer dizer, quem tem vaginismo não tem penetrações com dor, quem tem vaginismo simplesmente não é capaz de permitir as penetrações (não completas).
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Outro mito em relação ao vaginismo, que muito médico ignorante fala por aí, é que vagínica não é capaz de fazer exame ginecológico. Isso não é verdade. Pode acontecer que a mulher consiga penetrar um dedo, um OB, consiga fazer exames ginecológicos e não consiga o pênis. Isso tb pode ser vaginismo, uma vez que o bloqueio pode estar associado apenas à cena do ato sexual em si.
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Em resumo: tem vagínica que não consegue introduzir nada (nem o próprio dedo) e tem vagínica que consegue introduzir algumas coisas, mas não o pênis inteiro.
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O primeiro passo para diagnosticar o vaginismo é procurar um ginecologista e fazer exames. Existem infecções que causam dor na hora do sexo e isso pode ser facilmente solucionado com o uso de uma pomada, então o primeiro passo é SEMPRE checar se está tudo bem contigo fisicamente. Aí sim, se estiver tudo ok, vc pode começar a pensar em vaginismo.
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Outra coisa muito importante é dizer que a primeira relação sexual (ou as primeiras) pode ser muito incômoda e o prazer pode não vir assim de cara. Então, se vc está sentindo algum incômodo, uma ardênciazinha, uma dorzinha na hora de transar com seu namorado/marido, fique calma, dê um tempinho, pratique mais vezes, sempre com cuidado, com carinho, caprichando muito nas preliminares e na lubrificação, que loguinho vc vai se acostumar e o sexo será prazeroso, ok? Se o quadro não mudar, depois de alguns meses de prática, aí sim, vc pensa em procurar um problema, certo?
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Bom, meninas, é isso, espero ter ajudado!
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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Nome do blog

Bom dia, meninas!
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Tão paradões esses nossos blogs, hein? Num pode não! A gente precisa escrever com mais frequência, né? Tem muita gente por aí precisando de ajuda...
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O post de hoje é só pra dar sinal de vida e pra dizer pra vocês que o nome do blog mudou de:
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Vaginismo tem fim?

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para

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Vaginismo tem fim!!!
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É uma grande modificação, né? :D
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Se teve fim pra mim, vai ter fim pra vc tb! Tenha fé e persista, pq a cura existe sim!
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Bjs
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PS: Meninas, não sei pq a cara do meu blog mudou... eu não queria não, na realidade, não mexi em nada (além do nome)... não sei o que aconteceu, mas tô investigando, tá? Quem sabe, eu aproveito pra mudar o layout?
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quarta-feira, 2 de junho de 2010

É o fim dos Backyardigans!

Aproveitando o embalo do fim da interminável série Lost, termina mais um programa muito importante na minha vida: "Os Backyardigans"!
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Explico: semana passada, não usei os backyardigans nenhuma vez e quando foi final de semana, fui namorar o marido e tudo aconteceu com 100% de êxito! :D E, olha, devo dizer, que foi a melhor até hoje, pq teve velocidade, profundidade, posições... tudo que a gente pensa que uma relação sexual normal (como se existisse isso) precisa ter!
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Ou seja, a partir de hoje, o meu kit tão amado mofará no fundo do armário e isso me dá uma felicidade imensa! Não que eu detestasse fazer os exercícios, não detestava não! Tava bem prático e rápido nos últimos dias, não precisava de nenhum estímulo ou preparação, era ir lá, colocar e pronto! MAS eu não queria fazer isso a vida inteira, né?
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Isso quer dizer que: UHUUUUUUULLLLL, EU TÔ LIVRE DISSO DE UMA VEZ! :D
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Se eu consegui, vc pode conseguir tb! Acredite na sua capacidade, seja persistente e vc vai conseguir! Vc é capaz!
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Bjs
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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pensamentos...

Olá, pessoal!
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Enrolei tanto pra escrever, esperando poder fazer um post bom, que realmente ajudasse vcs, mas tô achando que o certo mesmo é escrever o que eu estou sentindo e pronto!
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Tenho respondido muitos emails, cada dia mais, acho que aparece em média uma ou duas pessoas novas por dia no meu email. Sempre procuro responder prontamente a pessoa que está escrevendo pela primeira vez, pq sei que esse primeiro passo é muito difícil e normalmente só conseguimos dá-lo porque estamos sob uma pressão muito forte e um desespero muito grande.
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Daí, eu leio o email e sempre acabo perguntando coisas pra entender melhor. Sabe, gente, eu só quero ajudar cada uma de vcs... na verdade, cada história que chega ao meu email, passa a ser minha tb, sabe? Eu sofro junto, eu choro, ou dou risada, eu amo, eu sofro... eu vivo cada um desses problemas... e eu sofro tanto quando a pessoa desaparece... e me desespera tanto o fato dela ter desistido de se curar... ai, ai, ai...
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É muito curioso como eu posso gostar tanto de pessoas sobre as quais tudo o que eu sei é um email de no máximo uma página que em geral é muito parecido com os outros... mas cada email vira uma amiga e uma amiga muito importante pra mim!
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E, gente, como eu enlouqueço quando a pessoa me pede ajuda e eu simplesmente não vivenciei grande parte das experiências dela, e não tenho idéia do que dizer! Tem meninas que sofreram traumas físicos, abusos, que viram os pais brigarem por causa de sexo, coisas que eu nunca tive na minha vida... e aí? o que eu digo?
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Na verdade, eu nunca sei o que dizer... aí eu penso, penso, penso e muitas vezes sofro com isso. O livro me fez sofrer bastante pelos casos das pessoas, pelas coisas que elas sofreram por falta de ajuda... aí eu penso: preciso loucamente ajudar as pessoas!!! Mas e se eu não souber como? E se o que eu disser não ajudar? E se ela não tiver condições de se tratar adequadamente (por questões financeiras ou simplesmente pq não há tratamento em sua cidade). Eu vou ver uma pessoa sofrendo por vaginismo e cruzar meus braços??
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Não. Eu simplesmente não sou capaz de virar as costas pra alguém. A partir do momento que eu vi o email ali na minha caixa, o problema passa a ser meu tb! E eu faço (e acho que pra sempre farei) tudo que puder pra ajudar. Penso, uso a criatividade, tudo que estiver ao meu alcance!!!
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Acho que foi meio por isso que eu desapareci do blog. Pq tenho tantos problemas agora... (os de vcs que viraram meus...) que acaba me faltando tempo pro blog. Só que pensei bem e entendi que não posso sumir daqui, pq esse lugar aqui tem se mostrado o melhor meio de atingir um montão de gente que precisa, né?
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Nessas conversas por email, descobri muitos assuntos que precisam ser abordados aqui no blog. Vou tratá-los pouco a pouco, tá? Mesclando informações que tenho encontrado nos vários livros que tenho lido!
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Desculpem por mais um post que não ajudou em nada, mas é que eu tb sou humana e tb tenho as minhas minhocas na cabeça, tá? Mas tô matando uma por uma, viu? Prometo um próximo post decente e útil para a sociedade, tá? hahahaha
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Bjs
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