sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

9.ª Consulta

Bom dia, meninas! Tudo bem? Ontem foi a minha 9.ª consulta e hoje eu vim aqui contar pra vocês como foi. Confesso que não estou muito animada não, foi uma consultinha bem banal, sei lá...
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Começamos falando sobre a consulta com a ginecologista, eu estava mega animada com as coisas que tinham acontecido e queria contar tudo logo pra ele e tal e coisa. Aí ele me disse que estava feliz pelas minhas descobertas, pelo fato da consulta ter me feito confiar mais em tudo e tralálá, MAS ele acha que o atraso dela é um fato imperdoável e que eu tenho que encontrar outra médica, que não dá pra ficar aguentando um desrespeito desse e etc, etc.
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Gente, eu concordo com ele, acho um absurdo ficar esperando tanto, MAS eu amei tanto a médica... e ela me entendeu tanto, foi tão legal... Aí o psico veio com aquela história da terapia comportamental cognitiva, do reforço positivo, e disse que enquanto as pacientes dela se sujeitarem a isso, ela não vai mudar. Ele tem razão, ele tem razão, mas pq ele não tem uma colega pra me indicar? Falei isso pra ele, claro, e ele resolveu que vai conversar com a gineco que tem consultório em frente ao dele pra ver o que ela sabe sobre o assunto, falei pra ele que estou disposta a ser a cobaia e ir à consulta com ela pra ver se presta. Agora vamos ver...
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Depois disso, ele repetiu aquela história de que só homens coniventes ficam ao lado de mulheres vagínicas e eu tb não economizei em dizer que é óbvia e cansativa essa constatação dele, visto que só há duas constituições possíveis na vida de uma mulher vagínica: ou ela tá sozinha ou está com um homem "conivente", pq se ele num fosse conivente já tinha me largado, não? Como eu tava num momento meio "fúria" (hahaha), aproveitei e perguntei se ele realmente achava que um marido não conivente ia me curar do vaginismo e finalmente ele foi claro em admitir que não, namorados/noivos/maridos não coniventes só fazem a angústia da vagínica aumentar e é isso que a move em direção da busca pela cura. Ou seja, chega de falar que meu marido é uma espécie de co-responsável, pq ele num é nada disso não! Fim do momento fúria! rs
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Bom, aí falamos sobre a minha mágica constatação a respeito do meu personagem infantil que é capaz de conseguir tudo que consegue com essa vozinha gute-gute que eu tenho (hahaha), ele ficou feliz por eu ter descoberto e admitido isso. Mas eu passei por um novo momento contestador e perguntei se sinceramente ele acha que eu preciso parar de falar feito uma criança de 7 anos (como ele mesmo disse) pra superar tudo isso. Pra minha felicidade, ele disse que não, que o que precisa ser feito é eliminar as minhas motivações pra ter esse comportamento. Ok, vamos lá, tô me esforçando pra isso!
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Aí veio a pergunta mais odiada por mim em todos os dias da minha vida de terapia: "E COMO VC SE SENTIU COM ISSO?". Primeiro que eu nem sabia de que "isso" ele tava falando... aí ele me explicou que queria saber como eu me senti quando descobri porque eu falo que nem criança e eu disse que não gostei muito de admitir que gosto que as pessoas tenham pena de mim e que me considerem frágil e incapaz. Ele insistiu em perguntar qual o sentimento. E eu por fim achei o sentimento de vergonha e ele pediu pra eu DESCREVER como é o sentimento de vergonha. Ah! Gente! Vergonha é vergonha, ué! Como é que explica isso? Ai, num sei fazer isso, gente... tem alguém aí que pode me ajudar? Me ensinar como é que se codifica sentimentos em palavras?
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Isso me cansa horrores, ele sabe disso, mas ele disse que vai ficar cutucando essa ferida, até a gente conseguir resolver essa questão. Pior é que eu não sei como resolver, sabe? A única coisa que eu consegui pensar que poderia ajudar é ter um caderninho e utilizá-lo pra anotar o que eu estiver sentindo NA HORA em que eu estiver sentindo, acho que talvez assim seja mais fácil de identificar... o que vcs acham que eu poderia fazer pra desenvolver isso? Preciso mesmo de ajuda pq sinto que enquanto ele não achar que eu evolui nesse sentido, ele não vai mudar de assunto e eu não vou sair dessa terapia nunca na vida... Humpf!
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Tá negativo esse meu post, né? Não liguem não, é que sempre que eu saio da terapia é assim: eu fico com um misto de sentimentos, fico feliz com algumas coisas, fico com raiva por outras, fico triste por outras tantas... é assim mesmo! O que importa é que eu não vou desistir por nada desse mundo! :D
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Bom, gente, é isso aí! Falamos de mais um monte de coisinhas, mas nada de mega importante que eu tenha que vir dizer pra vcs. Vejam a lição de casa da semana:
  • ler dois capítulos do livro
  • fazer massagem no marido, frente e verso, com creme
  • fazer o relaxamento II três vezes (o I ele disse que não precisa mais, que é pra focar no II, mas eu gosto tanto que eu vou continuar fazendo)

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Vou aproveitar pra dar uma revisada nos capítulos anteriores e marcar uns assuntos pra conversar com ele, era pra eu ter feito isso semana passada, mas acabei não fazendo...

5 comentários:

K. disse...

Dani, a minha psicóloga tb me faz essas perguntas horríveis! Mas pior mesmo é quando eu acabo de falar e ela fica a olhar pra mim em silêncio, deve estar a analisar interiormente o que eu disse mas é SUPER constrangedor!! Aí eu desvio o olhar (só porque é muuuuito constrangedor!!) e ela lá deve interpretar aquilo como sinais de insegurança e sei lá mais o quê (coisas de psicólogos :p).
Ai amiga, assim de repente tb nao consigo ajudá-la. Tenho que pensar mais no assunto.É complicado mesmo definir essas coisas!
Quando acontece esse genero de situaçoes na minha terapia (ela manda-me reflectir imensas coisas pra casa) eu chego la na semana a seguir e digo q nao consegui chegar a conclusao nenhuma e pronto. Nao ficamos nisso o resto do mês. Diga-lhe pra avançar ou entao pra ajuda-la a responder a isso (afinal é pra isso que voce lhe paga, nao é :p?sim eu sei q nao pode responder isto :p).
Beijos amiga (e desculpa nao ter conseguido ajudar...)

Amor perfeito disse...

Dani,

Menina, vc tá ficando afiadíssima (hahahaha)! Tô adorando essas suas respostas, assim, como direi... na lata pro psico!!

Quanto ao conselho de trocar de médica, tudo bem, toda tentativa é válida, mas se vc não gostar da outra acho que deve voltar mesmo à que vc gostou. Pq vai que o atraso dela foi atípico? E outra: gineco/obstetra tem parto de última hora e tal. Pode ter acontecido algo do tipo, né? Todo mundo (quase todo mundo!) merece uma segunda chance.

Quando a descrever sentimentos... difícil! Mas deixe-me tentar: vergonha é quando a gente fica constrangido em admitir algo, se vê diante de uma situação de que não gostaria e tem vontade de fugir, sumir, colocar uma sacola (daquelas antigas, de supermercado) na cabeça... é querer ser diferente e parecer não conseguir, desejar que o tempo volte (e a gente sabe muito bem que isso não existe).

Enfim, acho que apesar das raivas, dúvidas e tal vc está no caminho certo. Torço muito por vc.

Bjs

Amor perfeito disse...

Dani,

Vou ver como posso te passar melhor as comparações sobre as dimensões dos dilatadores (vem, criatividade, vem... rs). Depois entro em contato!

Bjs, amiga

K. disse...

Dani, obrigada pelo último comentário e já pode ir lá ler as respostas às suas perguntas. Estão no post que acabei de fazer :)!Beijos

Anônimo disse...

Olá tudo bem? Descobri seu blog há uns dias e estou ainda lendo tudo desde o início pra me inteirar de tudo e ver se tbm consigo vencer isso... Tenho 29 anos, namoro há 6 e ainda não consegui evoluir mto. Enfim.. O que eu queria mesmo é saber onde acho informações sobre o Relaxamento II. Estou um pouco perdida. Se puder ajudar.. Obrigada desde já! Abraço. M.

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Que bom que vc decidiu compartilhar sua luta comigo! Vamos vencer, tenho certeza!
Agora eu aprendi, então, depois de comentar, pode voltar aqui que vai ter uma respostinha minha, tá?
Bjs